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Desmonte de políticas públicas preocupa


postado em 30/04/2019 05:09

Mesmo com a trajetória de reconhecimento nacional e internacional, os idealizadores da Filme de Plástico lembram que viabilizar as realizações nunca foi fácil. Segundo Maurilio, as políticas públicas de financiamento ao audiovisual foram fundamentais. “Ainda que nossos filmes tenham orçamentos mais reduzidos, de cunho pessoal, boa parte da nossa produção foi viabilizada por fundos públicos, através de editais como o Filme em Minas e o BDMG Cultural, para curtas”, aponta o cineasta. Ele lembra que à medida que a produtora foi se estruturando, também teve acesso a editais nacionais, promovidos pelo recém-desmontado Ministério da Cultura. Diante disso, o realizador se preocupa com as possibilidades de reduções ou desmontes nos programas de financiamento para o setor.
“O crescimento das produções cinematográficas no Brasil só foi possível via editais de financiamento público. Interromper isso agora seria uma calamidade. Geraria um impacto em toda uma cadeia produtiva de milhares de profissionais. Surgiram muitas “Filmes de Plástico” pelo Brasil nos últimos 10 anos e elas só se estabeleceram por esse fomento público, democratizado, com acesso para fora do eixo Rio-São Paulo. O resultado disso é notório, com o Brasil voltando a ter relevância em grandes festivais internacionais. Tudo o que o senso comum falava sobre a qualidade técnica dos filmes brasileiros, hoje não devemos nada para os filmes de fora, porque o fomento contínuo passou a formar melhores técnicos e profissionais”, argumenta Maurilio, lembrando que hoje no Brasil realizadores independentes têm acesso a equipamentos de filmagem utilizados em Hollywood, como a câmera Alexa Mini. Ele ainda reforça que em muitos países europeus o cinema conta com grande incentivo financeiro do governo. “Nossa diplomacia pode ser feita pelo cinema”, diz.
ESPELHO Apesar de algum receio em relação ao futuro das políticas públicas para o cinema no Brasil, o cineasta se orgulha do que foi feito nos últimos 10 anos, por um legado que considera mais importante que as premiações. “Poderia falar da felicidade de estar nos grandes festivais, prêmios, etc., mas o mais importante nesses 10 anos é ver o quanto significamos para pessoas parecidas com a gente em outros lugares do Brasil. Esse espelhamento que a produtora provoca e esse encorajamento em perfis parecidos, outras pessoas periféricas, rejeitadas, à margem, e que antes não tinham perspectiva passaram a ter vendo nossos filmes e se encorajando. Eu me emociono quando recebo mensagens de gente que diz que resolveu fazer cinema por nossa causa. No meu bairro, tenho um vizinho que passou a trabalhar conosco e já está escrevendo os próprios roteiros para começar a filmar. Esse é o nosso norte”, define Maurilio Martins. (PE)

 PRODUÇÕES DA FILME DE PLÁSTICO

» Curtas:
» Filme de sábado (2009). Direção de Gabriel Martins
» No final do mundo (2009). Direção de Gabriel Martins
» Gabriel Shaolin Mordock (2009). Direção de Gabriel Martins
» Pelos de Cachorro (2009). Direção de Gabriel Martins e Maurilio Martins
» Fantasmas (2010). Direção de André Novais Oliveira
» Contagem (2010). Direção de Gabriel Martins e Maurilio Martins
» Dona Sônia pediu uma arma para seu vizinho Alcides (2011). Direção de Gabriel Martins
» Domingo (2011). Direção de André Novais Oliveira
» Pouco mais de um mês (2013). Direção de André Novais Oliveira
» Quinze (2014). Direção de Maurilio Martins
» Mundo Incrível REMIX (2014). Direção de Gabriel Martins
» Quintal (2015). Direção de André Novais Oliveira
» Rapsódia para o homem negro (2015). Direção de Gabriel Martins
» Constelações (2016). Direção de Maurilio Martins
» Nada (2017). Direção de Gabriel Martins

» Longas:
» Ela volta na quinta (2014). Direção de André Novais Oliveira
» No coração do mundo (2019). Direção de Gabriel Martins e Maurilio Martins

» Longas em processo de finalização:
» Marte Um (2020). Direção de Gabriel Martins

» Co-produção de longa:
» Baronesa (2017). Direção de Juliana Antunes


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