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Quem quer ajudar?


postado em 29/04/2019 05:08

 

Admiro totalmente Tânia Machado, criadora da Feira Nacional de Artesanato, que dá emprego e dinheiro para a sobrevivência de um sem-número de criadores de belas peças nacionais país afora. Ela acaba de me mandar um texto, pedindo sua publicação, em que já se pode prever que está investindo em outro assunto que pouca gente tem se dedicado. Vale conhecer e, se possível, como ela pede, colaborar:

“Autismo

Sempre escutei falar que autistas eram pessoas totalmente alheias a tudo e que ficavam balançando a cabeça de um lado a outro... Pois é... nada pior do que a ignorância... Tenho duas amigas: uma tem um filho autista e outra, um sobrinho. Elas me contaram a experiência delas levando as crianças à Feira Nacional de Artesanato, que foram, por bendizer, caóticas. Primeiro, como colocamos pulseiras em todas as crianças com o telefone de um responsável para o caso de se perderem na feira serem logos encontradas, ao entrar, as crianças não quiseram de jeito nenhum colocar a pulseira, apesar de toda insistência do segurança, que não compreendia a situação, achando que a mãe era dominada pela criança.

Depois, veio o barulho dos índios e o experimento de uma sandália que um deles não quis de jeito nenhum. Em todos os casos, as pessoas que lhes atenderam olharam com desdém pensando: ‘Meu Deus, que menino birrento e sem educação’. Só que não era nada disso... Um não gostava de nada novo, outro não suportava barulho... Conversando com elas, fiquei sabendo de um número impressionante. Uma em cada 59 crianças que nascem são autistas. Só que em diferentes graus. Umas nascem, crescem e morrem e ninguém nota. Acham que são tímidas, que são sem educação, que são pirracentas, distraídas, sem atenção, não são carinhosas, enfim, um sem-número de adjetivos pejorativos que levam para a vida toda.

Fiquei sabendo que são muito poucos os movimentos de apoio a autistas e pessoas que cuidam ou vivem com autistas. Que não existem eventos preparados e dirigidos a autistas. Enfim, que a maioria das pessoas não sabe como conviver com um autista, ficando mais fácil rotular com os adjetivos pejorativos acima citados. Envergonhada com a minha total ignorância, perguntei o que poderia fazer para ajudar e como poderia ter espaços na feira para acolher essas crianças – sem, evidentemente, prejudicar o evento, proibindo, por exemplo, qualquer barulho, o que é impossível...

Acordamos que teremos um receptivo em que os responsáveis poderiam se dirigir e aí entrar sem causar nenhum trauma logo na entrada. Que teremos também oficinas dirigidas a essas crianças, onde elas poderiam ter um espaço de convivência com outros participantes, mas com um olhar atento às suas necessidades. Vamos também fazer um alerta aos mais de 5 mil artesãos expositores sobre uma atenção especial quando da possibilidade de atender um cliente autista ou acompanhando uma criança nessa situação.

Fora isso, vamos programar no Centro Cape pequenos eventos (workshops, palestras, oficinas, etc.) dirigidos não só a autistas, mas também a pessoas que queiram entender mais sobre essa situação e como acolher um autista sem traumas, preconceitos ou pânico de não saber lidar com a situação. Para isso, estamos fazendo uma pesquisa para saber o universo de interessados, quais são as suas dúvidas e ansiedades, que serão encaminhadas a profissionais que têm a expertise de trabalhar este segmento para que, assim, possamos fazer a nossa parte dentro do que nos compete, cedendo o espaço para as atividades e fazendo a sua divulgação.

Quem quiser ajudar ou participar, estamos abertos a qualquer oferecimento. Tânia Machado.”

Endereços para contato: Tânia Machado: 55 31 3282-8313, ccape@centrocape.org.br  ou abexa@abexa.org.br. Blog: https://wordpress.com/stats/day/taniamachado.wordpress.com. Facebook: https://www.facebook.com/tania.machado.16752. Skype: iccape.


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