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Ballet Jovem Minas Gerais estreia Divineia

Espetáculo do coreógrafo e dançarino Jorge Garcia é inspirado do livro Estação Carandiru. Iungo, de Adriaan Luteijn, e Ritos, de Alessandro Pereira, também serão apresentados no Teatro do Centro Cultural do Minas Tênis Clube


postado em 24/04/2019 05:08

Divineia, encenado pelo Ballet Jovem Minas Gerais, tem o mesmo nome da sala onde os detentos do Carandiru passavam por constrangedora revista corporal(foto: Lena Maia/DivulgaÇÃO)
Divineia, encenado pelo Ballet Jovem Minas Gerais, tem o mesmo nome da sala onde os detentos do Carandiru passavam por constrangedora revista corporal (foto: Lena Maia/DivulgaÇÃO)


Criado em 2001 para o Balé da Cidade de São Paulo pelo coreógrafo e dançarino Jorge Garcia, o espetáculo Divineia estreia nesta quarta-feira (24). A apresentação no Teatro do Centro Cultural do Minas Tênis Clube terá um programa formado ainda por outros dois números: Iungo, coreografia criada em 2009 pelo coreógrafo holandês Adriaan Luteijn, e Ritos, lançado em 2016 por Alessandro Pereira. A apresentação será exibida novamente na quinta-feira (25).

Destaque da noite, Divineia foi inspirado no livro Estação Carandiru, escrito pelo médico Drauzio Varella. O nome da peça é o mesmo dado à sala onde os detentos passavam pela constrangedora revista corporal na Casa de Detenção de São Paulo. “Esse espaço é descrito tendo forma de funil. A partir dessa imagem, comecei a pensar no trabalho como se fosse um presídio, com sete homens entrando em cena”, explica o coreógrafo.
Apesar da origem, ele argumenta que as referências escolhidas não aparecem “de forma densa e pesada, como no livro e no filme (Carandiru, de Hector Babenco)”. “Procuro destacar a relação de seres humanos, brincadeiras, alguns jogos, vou trazendo isso para o trabalho até com elementos de luta e artes marciais, que conheci através de pesquisas daquela época, sobre o universo de uma prisão”, argumenta Garcia.

A convite do Ballet Jovem Minas Gerais, o coreógrafo remontou a peça, quase 20 anos depois de sua criação, e contará com os artistas do grupo mineiro na execução. “Os jovens de hoje têm uma pegada muito forte. A dança de lá para cá teve muita transformação em relação aos corpos e à arte urbana, com hip-hop e outros movimentos. Eles absorvem com mais naturalidade e entusiasmo. O que vejo nesses dançarinos do Ballet Jovem Minas Gerais é um brilho no olhar muito grande”, elogia Jorge Garcia.

Embora 18 anos tenham se passado desde a concepção, o diretor reforça que o tema central da coreografia segue “muito atual”. “Hoje, muitas pessoas querem que prendam, batam, torturem. Há uma ideia de que as pessoas nos presídios não são seres humanos, então tento dar humanidade a elas nesse trabalho. Elas se olham, se tocam, brincam. Apesar do que as fez estar ali, há uma humanidade naquele lugar”, argumenta. Com tudo isso, o coreógrafo, que tem sua própria companhia de dança com seu nome, ainda destaca que Divineia “não é só balé ”.

VIRILIDADE “No palco são homens correndo, pulando, girando, saltando no ar, sob uma relação muito forte com o corpo contemporâneo, trazem uma virilidade, mas, ao mesmo tempo, uma sensibilidade muito grande”, destaca.

A apresentação do Ballet Jovem Minas Gerais, criado dentro da Fundação Clóvis Salgado em 2007, mas de atuação independente desde 2015, abrirá com Iungo. A coreografia do holandês Adriaan Luteijn coloca os bailarinos no ritmo da música de Frédéric Chopin. Para encerrar, será a vez de Ritos, cuja   inspiração do coreógrafo Alessandro Pereira foi a própria cultura brasileira e suas variedades.

Ballet Jovem Minas Gerais apresenta Iungo, DivinEia e Ritos
Quarta (24) e quinta-feira (25), às 20h30, no Centro Cultural Minas Tênis Clube
(Rua da Bahia, 2.244, Lourdes)
Ingressos: R$ 10, à venda no site www.eventim.com.br e na bilheteria local
Menores de 10 anos devem entrar acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais
Informações: (31) 3516-1360

“Os jovens de hoje têm uma pegada muito forte. A dança teve muita transformação em relação aos corpos e à arte urbana, com hip-hop e outros movimentos. O que vejo nesses dançarinos do Ballet Jovem Minas Gerais é um brilho no olhar muito grande

“Hoje, muitas pessoas querem que prendam, batam, torturem. Há uma ideia de que as pessoas nos presídios não são seres humanos, então tento dar humanidade a elas nesse trabalho. Elas se olham, se tocam, brincam

“No palco, são homens correndo, pulando, girando, saltando no ar, sob uma relação muito forte com o corpo contemporâneo, trazem uma virilidade mas, ao mesmo tempo, uma sensibilidade muito grande”


>> Jorge Garcia, coreógrafo e dançarino


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