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O Dia Mundial do Combate ao Câncer já passou, foi em 8 de abril. É bom lembrar disso porque a doença, além de estar longe de ser totalmente conhecida, tem uma maldição: quem tem, ou sofre com ela, gosta de esconder, lhe dá outro nome, não toca no assunto. No entanto, quanto mais se fala nela, mais ela perde seus enganosos contornos de terror sem salvação. Ao criar a data, a Organização Mundial da Saúde (OMS) visa conscientizar a população sobre a doença, que é a segunda causa de morte no mundo. Fico pensando se é por isso que seu nome, sua identificação, é tão cercado de reserva. Mesmo com todo o mistério que se faz, é bom saber que, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), só em 2018, o câncer foi responsável por 9,6 milhões de óbitos no mundo inteiro.

Para o Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, em 2019, serão 600 mil novos diagnósticos, sendo os cânceres de próstata, pulmão, mama feminina e colorretal os mais frequentes entre os brasileiros e brasileiras. Segundo a OMS, 14 milhões de pessoas descobrem a doença todos os anos. A entidade calcula que esse número deve crescer 70% até 2038.

O diagnóstico precoce ainda é a melhor forma de combater o câncer. As campanhas de conscientização durante essa data atuam de forma efetiva sobre a população. “O intuito das campanhas é de realmente estimular a sociedade a ir ao médico, a procurar por exames preventivos”, ressalta Márcio Almeida, médico oncologista da Aliança Instituto de Oncologia. Entre os principais fatores de risco para a enfermidade estão o sedentarismo, a obesidade, o consumo excessivo de bebida alcoólica e o cigarro. Para o especialista, muitos casos podem ser evitados com a adoção de hábitos mais saudáveis.

Márcio Almeida explica que a atividade física também é uma importante aliada, não apenas para prevenir a incidência de diversos cânceres, mas para melhorar a qualidade de vida durante e depois do tratamento dos tumores. “O exercício físico é uma das poucas coisas que podemos afirmar com segurança que diminui a reincidência de câncer”, ressalta. O especialista complementa que, “durante o tratamento, se o paciente for liberado pelo médico, os exercícios podem melhorar a disposição, o apetite, bem-estar e aumentar a força muscular, que é comprometida durante a quimioterapia”.

Para o preparador físico da Academia Bodytech de Brasília Talles Sucesso, não existe um tipo de exercício específico para pacientes em tratamento ou pós-tratamento de câncer.
“O ideal é se preocupar com a regularidade das atividades que devem ser aplicadas de forma gradual. Manter os exercícios é fundamental”, afirma o personal. A prática de exercícios reduz a gordura corporal total, o nível de colesterol ruim e, consequentemente, elimina as substâncias que colaboram para o desenvolvimento do câncer.

Almeida pontua que é de extrema importância ficar atento a determinadas situações: fazer autoavaliação com frequência; observar o aparecimento de lesões na boca; manter uma boa higiene oral; evitar fumar; evitar ingestão de bebidas alcoólicas – o excesso de álcool pode causar cânceres de boca, língua, garganta, fígado e pâncreas; fazer uso de preservativo durante as relações sexuais e manter boa higiene íntima..