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Fala quem sabe


postado em 03/04/2019 05:09




O lado positivo de publicar uma coluna médica é quando ela é lida e de certa forma respondida por um profissional da área. Como ocorreu com a coluna publicada aqui sobre dermatite atópica (DA), influenciada pela presença, em nossa sala do jornal, de uma vítima do problema, a partir de tratamento de câncer. Um velho conhecido da coluna, Ataualpa P. Reis, que é professor pós-graduado em alergia e imunologia, membro do conselho superior da Asbai-MG e da Academia Mineira de Medicina, passa aos leitores, complementando a coluna publicada aqui, seus conhecimentos pelo assunto.

“Como leitor assíduo de sua coluna, gostaria de comentar aqui que a sua coluna de 29 de março trouxe um assunto sobre a depressão em indivíduos com dermatite atópica e publicado no British Medical Journal, a qual está corretíssima. Mas a dermatite atópica não controlada é que leva a essa depressão e, no entanto, nos dias atuais a dermatite atópica pode ter controle total e não deixar levar à depressão. Entendeu? A depressão é consequência, mas, quando se controla a dermatite, evita-se a depressão. Em artigo publicado no Journal Allergy and Clinical Immunology in Practice, agora em 2019, foi realizada uma revisão do assunto em que fica claro o controle da patologia e por inúmeros recursos.

Embora primariamente a dermatite atópica afete a pele, ela está sendo reconhecida cada vez mais como uma doença sistêmica com morbidades atópicas e não atópicas, com implicações muito importantes no manejo e tratamento da doença. A pele não lesada dos pacientes com DA de moderada a grave mostra extensas anormalidades de barreira cutânea e imunológicas, refletindo a natureza sistêmica da moléstia. Em adição,  a DA pode estar associada com aumento de infecções, desordens neuropsiquiátricas, câncer e, possivelmente, doenças cardiovasculares.  

Isso mostra a necessidade de maiores tentativas sistêmicas, seguras e efetivas, que ataquem este complexo fisiopatológico. Avanços recentes na imunopatogênese da DA, incluindo uma melhor compreensão do papel de Th2 e Th1 (imunidade e imunopatologia) e suas citocinas, principalmente Il-13, IL-22, IL-32, Il-17/IL-23,  estão proporcionando terapias mais dirigidas a estes mecanismos, tais como a imunoterapia e os imunobiológicos, levando a uma medicina de precisão e à possibilidade de personificar o tratamento da DA, abrindo uma nova era na terapêutica da moléstia. Portanto, podemos controlar a doença e evitar esta série de patologias associadas, entre elas a depressão.  

Outro lance importante é a investigação que vem sendo feita, nos últimos anos, no impacto da saúde mental nos tecidos, principalmente do estresse no comportamento da pele. A pele é influenciada pelos hormônios e emoções. Quando estamos estressados, podemos verificar mudanças fisiológicas, como aumento da perda de hidratação, vermelhidão e maior sensibilidade. Essas emoções negativas podem afetar o sistema imune e causar alteração na resposta via comunicadores pró-inflamatórios. Além das doenças já associadas ao estresse (acne, psoríase e dermatite), o problema também pode causar envelhecimento precoce.”


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