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ALIMENTO PARA A ALMA

Ibiá se mobiliza para proporcionar acesso à leitura para crianças e adultos com o projeto Geladeira Literária, que tem 10 pontos de distribuição de livros em eletrodomésticos adaptados


postado em 31/03/2019 05:10

A iniciativa da Geladeira Literária surgiu em conversas de um grupo de cidadãos no WhatsApp. Voluntários dizem que volume de doações recebidas surpreendeu(foto: Maria Cristina Reis/Divulgação)
A iniciativa da Geladeira Literária surgiu em conversas de um grupo de cidadãos no WhatsApp. Voluntários dizem que volume de doações recebidas surpreendeu (foto: Maria Cristina Reis/Divulgação)

A partir de uma conversa de um grupo de WhatsApp, formado por pessoas nascidas em Ibiá, cidade mineira com 20 mil habitantes localizada no Alto do Paranaíba, surgiu a ideia de se fazer um projeto que transformasse geladeiras velhas em bibliotecas comunitárias. Implantado em dezembro de 2018, o Geladeira Literária hoje conta com 10 geladeiras distribuídas pelos principais pontos daquela cidade. De acordo com uma das voluntárias, a engenheira química Maria Cristina Reis, o objetivo é desburocratizar o acesso à leitura, levar o livro até onde as pessoas estão e expandir a ideia para outras cidades.

As geladeiras ficam localizadas nos pontos de maior circulação de pessoas, perto de escolas e praças. Acreditamos que todo mundo é bem-intencionado e, se acreditarmos nas pessoas, as respostas serão sempre positivas”, diz ela. Maria Cristina diz que a iniciativa é “uma provocação social construtiva sobre valores como troca, doação, integração entre pessoas e cuidado com o bem público. Estamos trabalhando compartilhamento, cidadania e responsabilidade com o que é de todos. As crianças são grandes incentivadoras do projeto e aprendem que o livro não precisa ser exclusivo. É possível e recomendável dividir o conhecimento com quem está ao redor e tem menos oportunidade de acesso à educação”.

Para a médica pediatra e também voluntária Olímpia Dias Ferreira, o bom é poder trabalhar conceitos como  compartilhamento, cidadania e responsabilidade com o que é de todos. Ela esclarece que cada geladeira tem um padrinho ou madrinha, que é quem cuida para que os espaços estejam sempre limpos e organizados.

VOLUNTÁRIOS “A ideia é simples, pois qualquer pessoa pode abrir a geladeira, escolher um livro, levar para casa pelo tempo que quiser e devolver em uma das 10 bases do projeto em Ibiá. A iniciativa conta com livros infantis, juvenis e adultos para incentivar a leitura em todas as faixas etárias. Os recursos para manter o projeto vêm dos próprios voluntários, que também se mobilizam para arrecadar os livros com a rede de contatos particular. Uma das prateleiras de cada geladeira também fica disponível para que qualquer pessoa contribua com a doação de livros”, diz Olímpia, que afirma ter ficado surpresa com o volume de doação de livros e a participação da comunidade.

“Nosso grupo, que é formado, em sua maioria, por profissionais liberais, no WhatsApp, ganhou o nome de Transformação Ibiá. Também já temos Instagram e Facebook. A ideia é partir para outras comunidades, sendo que aquelas que estiverem interessadas no projeto basta nos procurarem pelas redes sociais que explicaremos como tudo funciona. Embora Ibiá seja a primeira cidade mineira a realizar este projeto, a ideia não é do grupo, pois este já existe em algumas outras poucas cidades, mas Ibiá é a primeira em Minas”, diz Olímpia.

A pediatra explica como é feita a adaptação das geladeiras doadas para o projeto. “Retiramos o motor, fazemos uma plotagem nelas, colocamos os livros doados e as colocamos em praças, em locais estratégicos. É legal que os livros não molham com a chuva, pois as geladeiras ficam fechadas.” Ela diz ainda que cada uma das 10 geladeiras abriga, em média, 80 livros. “Dá para se ver que são por volta de 800 livros.”

Na Geladeira Literária, “diferentemente das bibliotecas, não há nenhuma burocracia para se pegar um livro. A pessoa pega, leva, traz de volta, mas, se quiser ficar com livro, também não tem problema”, diz Olímpia. “Acredito que, sem ler, ninguém vai para a frente nem passa por um processo de educação sem a leitura.” Doações para o projeto podem ser feitas em Belo Horizonte, na Associação Médica de Minas Gerais, que fica na Avenida João Pinheiro, 161, Centro.


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