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Valores que curam


postado em 24/03/2019 05:07


 Especialmente difíceis têm sido estes primeiros meses do ano, com tragédias ecológicas, acidentes com muitas vítimas, atos de terror extremos, mostrando que os resultados de nosso modo de vida afetam a natureza, adoecem o homem, causam sofrimento.

Podemos aprender com isso se nos reposicionarmos e fizermos com que as coisas melhorem ou continuaremos colhendo o que plantamos. Tem sido difícil abrir os jornais e as mídias nestes últimos dias. Sempre acordamos nos perguntando: e hoje, o que teremos?

Foram tantos sustos seguidos que estamos escaldados. Nestes últimos dias, ainda abatidos por Brumadinho, sofremos com o atentado em Suzano, seguido da declaração do senador Major Olímpio, afirmando que “se os professores estivessem armados e se os serventes estivessem armados, esta tragédia poderia ser evitada”.

A declaração coincide com a opinião do nosso atual presidente Bolsonaro, que apoia o porte de armas e acredita que o cidadão tem o direito de se proteger. E pretende reverter a política atual de desarmamento.

Depois, ocorreu outro atentado na Nova Zelândia contra os mulçumanos, com muitas vítimas também e as declarações da primeira ministra daquele país, Jacinda Ardern, de que a solução seria mudar as políticas e leis no sentido de controlar a posse, venda e comercialização de armas lá.

Duas tragédias similares cometidas por fanáticos desajustados tão decididos que dificilmente teriam sido contidos sem nenhum prejuízo, caso houvesse seguranças armados.

Talvez o prejuízo fosse menor se houvesse profissionais treinados e alertados para um atentado a qualquer momento. Mas creio que nem em todas as mesquitas nem em todas as escolas públicas brasileiras seria possível manter permanentemente este tipo de profissional de elite.

Nenhum religioso, professor ou servente está preparado para reagir à bala num atentado deste. Num ambiente de ensino e educação, não há como os professores garantir a segurança. Eles não podem nem comprar livros quanto mais fazer treinamento de tiro.

Ao ouvir a primeira ministra da Nova Zelândia, sinceramente senti certa inveja. Que diferença faz a educação e a civilidade de um líder político que entende o risco de manter mais armas à disposição da população e pretende, ao contrário dos brasileiros, retirá-las e restringir sua circulação e comercialização.

Seria maravilhoso se aqui pudéssemos confiar na educação de nossas escolas, se ensinássemos o valor da história, da língua, do livro e da honra. Se a sociedade fosse mais igualitária e aprendesse a tolerância. Se cuidássemos de nossos pobres e loucos. Utopia? Comunismo? Não! Desenvolvimento, ordem e progresso que muitos países construíram. E que, apesar do lema da nossa bandeira, não entra no coração.

E não é à bala. É fazendo o certo. Educando. Pois a educação ensina as pessoas a dignidade, a honestidade, a gentileza, a solidariedade. Valores que curam o ser humano.

Ansiamos por momentos de maior estabilidade, oportunidades melhores. Mas tudo isto vem de uma construção que se solidifica com base na educação. Somente a educação vai nos tirar da situação que hoje vivemos no Brasil.

De nada adianta cantar o Hino Nacional e receber recado do ministro em sala de aula se junto não vier uma bela reforma que dignifique o ensino brasileiro. Se não valorizarmos alunos e professores. Se não educamos crianças e jovens.


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