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Série The widow vai à África, mas se perde no meio da viagem

Produção do Amazon Prime Video mescla corrupção, milícia e intriga internacional, mas não exibe o fôlego dos bons thrillers


postado em 08/03/2019 05:02

Kate Beckinsale faz o papel de Georgia, a sofrida viúva que vira %u2018super-heroína%u2019(foto: AMAZON PRIME VIDEO/DIVULGAÇÃO)
Kate Beckinsale faz o papel de Georgia, a sofrida viúva que vira %u2018super-heroína%u2019 (foto: AMAZON PRIME VIDEO/DIVULGAÇÃO)

Coltan é a mistura de dois minerais: columbita e tantalita. Da columbita se extrai o nióbio e da tantalita, o tântalo. Esse último é obrigatório no mundo em que vivemos, presente nos produtos eletrônicos. Smartfones, por exemplo. Estima-se que 75% das reservas de coltan estejam na República Democrática do Congo. É um dos países mais pobres do mundo – paradoxalmente, um dos mais ricos em recursos minerais.

Esse preâmbulo é para falar do imbróglio montado em The widow, série que estreou no início do mês no Amazon Prime Video. A britânica Kate Beckinsale (da franquia Anjos da noite) é a viúva do título. Georgia Wells já sofreu perdas demais na vida – reclusa, vive num lugarejo perdido do País de Gales. Certo dia, vê, na televisão, uma imagem que a choca: o marido, Will (Matthew Le Nevez), surge no meio de um conflito em Kinshasa, capital do Congo. Só que ele havia morrido três anos antes, num acidente aéreo na África.

Sem pensar duas vezes, Georgia pega o avião para Kinshasa para descobrir o que ocorreu. É aí que a trama tem início. A partir desse drama pessoal, The widow vai montando a teia que envolve corrupção, milícia, intriga internacional – o pano de fundo é a ganância pelo coltan.

Alguns núcleos são apresentados nos episódios iniciais, personagens que vão se encontrar à medida que a trama engata. Há um islandês cego (Ólafur Darri Ólafsson, da ótima série Trapped), sobrevivente do voo que teria matado Will. Há a adolescente de uma aldeia congolesa (Shalom Nyandiko), roubada à força de sua família para se tornar soldada de milícia.

Outros personagens importantes são o jornalista congolês (Jacky Ido), que também ficou viúvo no voo africano, a responsável pela ONG (Alex Kingston) em que Will atuava, um general do Congo metido com milícias (Babs Olusanmokun) e o antigo superior de Georgia (papel de Charles Dance, o Tywin Lannister de Game of thrones).

Com narrativa que vai e volta no tempo, entre o Congo (as locações foram na África do Sul), País de Gales e Holanda, The widow tem início promissor. Com o complicado contexto político africano em primeiro plano, a série promete uma conspiração daquelas. Mas a força dos capítulos iniciais vai se perdendo à medida que a narrativa se desenvolve.

São viradas demais, bem como mortes, a maior parte delas com extrema violência. Em algum momento você até se pergunta se vai sobrar algum personagem que presta até a sequência final. Kate Beckinsale não ajuda. Sem mudar as expressões e sempre com o rabo de cavalo perfeito (mesmo no meio da selva africana), a mulher alquebrada pela vida vai se tornando super-heroína. As cenas são de tamanha inverosimilhança que a acompanhamos pegar um carro e ir para os confins da África com a facilidade de quem dá um pulo até a esquina.

Para quem resistir até o final (a curiosidade acaba conseguindo segurar a audiência, pode acreditar), vale dizer: dá para resolver a charada por volta do sexto episódio. A previsibilidade e as más atuações (a personagem mais convincente é a soldada mirim) acabam por “matar” uma série que poderia ser um achado e tanto neste período de poucas novidades entre os thrillers.


THE WIDOW
• Oito episódios
• Amazon Prime Video


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