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Folia é com ele

Eduardo Coelho faz sucesso com o Bolsofone, brincadeira com o presidente Jair Bolsonaro na rádio e no Instagram. Lula, Dilma e até a rainha Elizabeth também foram alvos de suas esquetes


postado em 06/03/2019 05:03

"Bolsofone é a minha maneira de criticar os erros, mas sem radicalismo. Quero que o governo Bolsonaro dê certo" Eduardo Coelho (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)



Se depender do que rola na internet, o carnaval de Jair Bolsonaro foi um fervo só. “Vazou” um “áudio” em que o presidente convidava Damares Alves, ministra da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos, para o bloquinho organizado por ele e a primeira-dama Michelle. Damares aceitou o convite e revelou que se fantasiaria de goiabeira. Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, também topou. Sairia de astronauta.

Os filhos, Carlos e Flávio, seriam presenças garantidas na folia do Planalto. “O Carlinhos já comprou a roupa de Tonho da Lua. O Flávio, meu filho, vai vim de Wally. Sabe aquele Onde está Wally?, com aquela roupinha listradinha?”, revela o chefe. “Por quê? Onde está o Flávio? Nem eu estou sabendo mais. Ele deu uma sumida boa”, explica.

Tudo isso, claro, não passa de uma grande piada. A gravação telefônica é um dos 24 esquetes criados pelo publicitário Eduardo Coelho, de 39 anos, para o programa Ricardo Amado, transmitido de segunda a sexta-feira, das 14h às 16h, pela Rádio 98 FM. O sucesso foi tão grande que as “conversas e áudios vazados sem autorização judicial” ganharam perfil no Instagram (@bolsofone), há um mês.

O público pode ouvir o personagem Bolsofone exigindo do apresentador William Bonner que a novela Mulheres de areia seja tirada do ar. “Se passar, corto a publicidade do Jornal Nacional”, diz ele, negando que isso se deva ao fato de o filho Carlos ter sido apelidado de Tonho da Lua, personagem meio lelé interpretado pelo ator Marcos Frota.

IMPROVISO Eduardo Coelho, eleitor de Bolsonaro, diz que cria os esquetes a partir do noticiário factual. Explica que faz piada com o governo e com a oposição, mas com o cuidado “de não exaltar os ânimos dos dois lados”. Anota tópicos, vai para o estúdio e, em 10 minutos, o áudio está pronto. “Tudo feito com liberdade do improviso”, afirma.

Lula, Dilma Rousseff, Alexandre Kalil, o venezuelano Nicolás Maduro, Paulo Guedes e o russo Vladimir Putin já foram “vítimas” dele, assim como o cantor Roger Waters, o ator Wagner Moura e até a rainha Elizabeth II.

Bolsofone conquistou fãs famosos – entre eles, o jornalista José Simão e o apresentador Antônio Tabet, do site Kibe Loco e do canal humorístico Porta dos Fundos. Ambos fizeram repost da paródia da música A grande família, de Dudu Nobre, tema do famoso seriado protagonizado por Marieta Severo e Marco Nanini. A versão ficou assim: “A minha família me complica (a única que não dá trabalho é a Laurinha)/ está muito bagunçada (toda hora tem um problema, pô)/ Faz cada publicação (Vou te falar, hein, Paulo), só me colocam em confusão...”

O humorista não tem ideia se o presidente Jair Bolsonaro tomou conhecimento da brincadeira. “Sei apenas que o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, compartilhou um dos áudios no grupo de um tio, Leonardo, que pertence à turma de vôlei da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro”, diz.

Eduardo apoia o presidente, mas adverte: “Ele se esquece de que política exige postura madura. Bolsofone é a minha maneira de criticar os erros, mas sem radicalismo. Quero que o governo Bolsonaro dê certo. Da mesma forma que quando Lula ganhou, torci pra ele ser um bom presidente”.

TEATRO A veia artística sempre esteve presente na vida de Eduardo Coelho. Ex-aluno da Escola de Teatro PUC Minas, ele atuou em duas peças infantis. Numa delas, contracenou com Cynthia Falabella. O publicitário também foi dono de produtora de vídeo e criou o primeiro site de relacionamento do Brasil (namoro.com.br). Fez tanto sucesso que ganhou duas vezes o Troféu Ibest, o “Oscar da internet”.

“Costumo dizer que se fosse norte-americano, estaria bilionário. Mas não deu para manter o site. Naquela época, manter um servidor custava US$ 1 mil por mês”, comenta.

Eduardo participou da seleção para integrar o CQC, programa humorístico exibido pela Band entre 2008 e 2015, e passou pela quarta edição do Big brother, na Globo. Para ficar confinado na “casa”, não pensou duas vezes em trocar a chance de estágio na W/Brasil, agência de Washigton Olivetto, prêmio que ganhou no concurso da Apple disputado por 4,5 mil candidatos.

Há um ano, ele foi convidado por Rodrigo Carneiro para ingressar na 98 FM. Dirigiu o programa Claro que é rock, depois assumiu a direção do 98 Live, colabora com a equipe de redação de humorísticos da emissora e integra a bancada do Rock news.

“Foi por incentivo de Marquinhos Baiano e Guilherme Mello, apresentadores da rádio, que levei a imitação do presidente pela primeira vez como esquete no programa Ricardo Amado. Foi uma loucura, com o público pedindo liberação dos áudios”, relembra.

 


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