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VACA DE PRESÉPIO


postado em 04/03/2019 05:08

Antigamente, em algumas igrejas, sobre a habitual caixa de esmolas destinadas aos pobres era comum haver um presépio. Nele, a vaquinha balançava a cabeça em sinal de agradecimento, num gesto semelhante ao “sim”, sempre que alguém depositava uma moeda qualquer na fenda localizada no lombo de porcelana da bichinha. Era só colocar o dinheiro e a vaquinha meneava a cabeça, satisfeita. Na vida real, cotidiana, tem muita gente sem opinião própria, que concorda com tudo – principalmente se quem fala é o chefe. Não é incomum ver essa espécie de sabujo proliferar no ambiente de trabalho.

São os incompetentes que, por isso mesmo, resolvem puxar o saco dos poderosos a fim de se manter no emprego ou no cargo. Ficam lá num canto polindo as botas de seu senhor, ou então grudam, tal como rêmoras no tubarão, e se alimentam alegremente dos restos, lambendo os beiços e limpando a boca suja com as costas das mãos.

 

 

DUQUE – Título nobiliárquico mais elevado, somente abaixo do rei, herança dos romanos. A palavra tem seu berço no latim dux, guia, comandante, condutor. Lembra Mussolini, que se autointitulava duce, o próprio Adolf Hitler, fuehrer da Alemanha nazista, e a divisa da cidade de São Paulo: Non ducor, duco, não sou conduzido. Conduzo. Palavra de quem lidera...

AEIOU – Essa reunião de vogais em certa época serviu como abreviação da antiga divisa do império da Áustria, adotada pelo arquiduque que, em 1440, foi coroado imperador com o nome de Frederico III. Seu antecessor, Albertus, usara as mesmas iniciais na divisa: Albertus Electus Imperador Optimus Viva! Frederico se limitou a mudar o pronome Alberto pelo título Archidux. Mas cortesãos procuram criar outras frases laudatórias, entre as quais estas: Austriae est imperare orbi universo, isto é, o destino da Áustria é imperar sobre o universo. Essa frase foi traduzida para o alemão e o inglês com o mesmo sentido. Em alemão: Alles erdreich ist osterreich unterthan. Em inglês: Austria’s empire is overall universal. Mas os ingleses, depois da derrota da Áustria em 1866, cunham nova frase, agora de caráter debochado: Austria’s empire is ousted utterly, algo como o império da Áustria foi completamente escorraçado. São histórias da história...

ITAIM-BIBI – Eis aqui o berço do conhecido bairro de São Paulo de nome tão curioso. Sua origem provém da junção do nome de uma chácara e um apelido. Tudo começou em 1896, quando o general José Vieira de Couto Magalhães adquiriu 120 alqueires num local conhecido como Chácara do Itaim. Em 1907, o doutor Leopoldo Couto de Magalhães, irmão do general, comprou parte das terras e fixou residência no lugar. Na época, os empregados da família, encantados com o filhinho de Leopoldo, colocaram nele o apelido de Bibi e assim se consolidou o nome do bairro, localizado próximo aos Jardins e ao Morumbi. É reduto da alta classe média paulistana, dotado dos melhores recursos, onde vive uma camada de gente sofisticada que, mesmo trabalhando bastante, aproveita o que a vida oferece de mais gostoso...

ARCO-DA-VELHA – São coisas absurdas, inacreditáveis, do arco-da-velha. Sua origem nos conduz a Portugal. Lá, é assim que se chama o arco-íris. Na verdade, Íris é o nome de uma deusa grega, alada, que faz ponte entre o céu e a Terra, entre os deuses e os homens. A mensageira que nos traz manifestações da divindade Juno. Digamos, uma espécie de correio mitológico. Cobre-se com um xale que, ao sol, toma as sete cores do arco-íris. Muitas lendas falam sobre suas propriedades mágicas. Por exemplo, dizem que a figura da velha é a de uma feiticeira que, entre outras coisas curiosas, bebe água num lugar para despejá-la em outro. Também asseguram que, passando sob o arco-íris, quem é homem vira mulher e vice-versa. O berço da expressão não exclui a variação arca-da-velha, aquele baú que guarda coisas muito antigas e que pode revelar, ao ser aberto, priscas relíquias. E cada surpresa...


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