Jornal Estado de Minas

A eficaz química feminina de Killing Eve

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– Por que você está na minha casa? – pergunta Eve.

– Eu queria te ver – responde Vinalle.

– Por quê?

– Preciso de ajuda.

– Por quê?

– Preciso que alguém me ajude. Não quero mais fazer isso. Sei o que sou, sei que não sou normal e não tenho sentimentos como... Sinto muito. Não queria machucar o seu parceiro. Não quero machucar as pessoas. Eles me obrigam. Se não fizer o que mandam...

Eve, não tenho para onde ir. Preciso de ajuda. Eve, por favor, sinto muito.

– Mentira. Meu Deus, você é muito babaca, Oksana – afirma Eve.

Em Killing Eve – série da BBC disponível na GloboPlay –, a meticulosa assassina de aluguel Villanelle (Jodie Comer) não faz questão de se esconder da polícia. Confiante em suas habilidades, propositalmente esbarra com detetives em banheiros públicos, estações de trem e até invade as casas deles. “Força” um jantar com a detetive Eve Polastri (Sandra Oh), come lasanha e se ofende ao ser chamada de psicopata. “Nunca diga a um psicopata que ele é um psicopata, isso chateia”, reage.

O teatro da criminosa não convence Eve, que observa seus movimentos com fascinação e reprimendas.
Esperta, Villanelle sempre escapa dos agentes.

Killing Eve acerta em tudo a que se propõe. Inventivo, o roteiro foge dos clichês, com personagens bem construídas, dispensando as figuras masculinas sempre protagonistas de atrações do gênero. A química entre Eve e Villanelle impressiona, ainda que as duas raramente contracenem de fato.

Este ano, a canadense Sandra Oh fez história ao ganhar o Globo de Ouro pelo papel de Eve. Descendente de coreanos, tornou-se a primeira asiática a conquistar dois troféus na premiação – o primeiro veio em 2006, pela atuação como a doutora Cristina Yang em Grey’s anatomy.

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria

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