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o berço da palavra


postado em 11/02/2019 05:04

Madeira de lei
Originalmente, eram as madeiras resistentes e indicadas para construção, civil e naval. Desde o século 15, criou-se a consciência do valor da riqueza florestal e da importância de sua preservação. Como Portugal era desprovido de muitas dessas espécies, voltou-se para as imensíssimas reservas do Brasil, sua colônia. Em 1652, uma lei de dom João IV proibiu o corte indiscriminado, o que valoriza as melhores madeiras, que, com a chancela legal, passaram a ser chamadas madeiras de lei. Mas quais seriam essas madeiras tão especiais?

Dizia o documento real: “Chamão páos de lei aos mais sólidos, e tais são os de sapupira, de vinhático, de jetay amarelo, de massaranduba, páo brazil, jacarandá e picahi”.

A determinação resistiu ao tempo e ainda hoje o brasileiro repete, aludindo às árvores de confiança e durabilidade: “É madeira de lei!”. A expressão também se aplica a cidadãos moralmente sadios, enérgicos e prestimosos. Infelizmente, além da devastação diária na Amazônia, também nos principais centros urbanos do país lentamente se extingue essa excelente categoria de gente, inclusive entre os que nos dirigem...

OPORTUNIDADE
– Curioso, o berço dessa palavra. Refere-se à circunstância propícia para que algo aconteça. São oportunos os ventos que impelem os barcos ao porto. A palavra latina opportunus era formada do prefixo op, em direção a, e portus, porto de mar. Ventos oportunos eram os que enfunavam as velas ao destino desejado, ao porto seguro. Já os ventos de tempestade eram os inoportunos, os que muitas vezes provocavam acidentes e até tragédias. A deusa da mitologia romana que protegia os portos era chamada de Portunus. Os marinheiros oravam a ela pedindo condições meteorológicas favoráveis que os levassem na direção correta, op portus, rumo ao porto. O sentido da palavra oportunidade se ampliou. Ela hoje significa, simbolicamente, que tudo está dando certo, seja na vida profissional, sentimental e na saúde. Enfim, o ideal da felicidade humana...

MOEDA – A palavra vem do nome da deusa romana Juno Moneta, esposa de Júpiter, em cujo templo se cunhavam moedas. A rainha da mitologia adquiriu o título de Moneta por ter advertido os habitantes de Roma, a tempo, de um terrível terremoto que se avizinhava. Com isso, ganhou a gratidão do povo, corporificada num magnífico templo situado no cimo do Capitólio. É que o verbo latino monere quer dizer avisar, alertar, e os agradecidos e ilesos habitantes da cidade passaram a chamar Juno de Moneta, aquela que avisa, a guardiã. Da palavra original derivam-se congêneres em outros idiomas, como no inglês money, daí monetário e o próprio Fundo Monetário Internacional, o polêmico FMI, agente de tanta confusão por este mundo afora – e tão admirado pelo andar de cima da banca internacional...

BRIGADEIRO
– O doce foi criado no Brasil, logo depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Como, naquele tempo, era difícil arranjar leite fresco, amêndoas, ovos e açúcar para fazer doces, uma senhora da sociedade carioca teve a ideia de combinar leite condensado com chocolate em pó. Daí nasceu essa delícia, presença cativa em festa de criança. Na época, uma figura popular no país era o brigadeiro Eduardo Gomes, candidato à Presidência da República em 1945 e xodó das mulheres – “Vote no brigadeiro, é bonito e é solteiro”. Logo o docinho ganhou seu nome. Outra versão, essa bem irreverente, explica a ausência de ovos na iguaria. É que, no levante militar de 1922, conhecido como Os 18 do Forte, o futuro brigadeiro teria sofrido sério ferimento provocado por estilhaços de granada, o que lhe afetara, irreversivelmente, os testículos. Daí porque, numa grosseira alusão, o docinho teria recebido o nome de brigadeiro, simplesmente porque não levava ovos. Até onde pode chegar a perversidade humana...


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