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Leitura em dia?

Empréstimos da Biblioteca Pública Estadual estão sendo realizados de maneira manual,devido a problema no sistema informatizado. Diretora espera normalização amanhã


postado em 29/01/2019 05:02

Geysiane Andrade, que costuma fazer buscas da própria casa para o curso de mestrado, teve que ir presencialmente à instituição, onde foi atendida pela funcionária Bruna Mara(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA PRESS)
Geysiane Andrade, que costuma fazer buscas da própria casa para o curso de mestrado, teve que ir presencialmente à instituição, onde foi atendida pela funcionária Bruna Mara (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA PRESS)

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais volta a enfrentar problemas nos empréstimos, depois de ficar alguns dias com a equipe desfalcada, devido às exonerações feitas pelo governador Romeu Zema (Novo), na primeira semana do ano. Cerca de 75% dos funcionários foram afastados nos primeiros dias de janeiro. Desta vez, a morosidade se deve ao fato que os usuários precisam fazer a busca dos livros de forma manual e precisam contar com o auxílio dos quatro funcionários e cinco estagiários para localizar a publicação em um acervo de 500 mil itens, sendo 120 mil livros. Desde o dia 10, o sistema informatizado está fora do ar. A previsão é que a situação se regularize até amanhã (30), segundo a diretora biblioteca, Alessandra Gino.

A publicitária Geysiane Andrade, de 29 anos, recorre com frequência ao acervo da biblioteca para estudar para o mestrado em escrita criativa que cursa na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Usualmente, ela faz, de casa, a busca pelos títulos desejados e, quando vai à biblioteca, rapidamente localiza o volume desejado. Na manhã de segunda (28), ela teve de fazer a pesquisa presencialmente. “Pesquisava em casa para saber se encontraria os livros que preciso. O problema no sistema tirou essa comodidade. Não tinha certeza dos autores da bibliografia que procurava. Se o sistema estivesse no ar, seria mais rápido e mais fácil”, diz. Conseguiu tudo o que precisava, mas passou um bom tempo fazendo a pesquisa para localizá-los.

Na semana passada, o jornalista Marcus Figueiredo, de 48, foi surpreendido pelo sistema fora do ar. “Costumo fazer empréstimos duas ou três vezes ao mês. Depois das férias, quando fui à biblioteca, informaram-me que o sistema estava fora do ar”, disse. Ele contou com ajuda dos funcionários para encontrar o livro A escolha de meus dentes (Companhia das Letras), de Valeria Luiselli. Ontem, voltou à biblioteca para fazer a devolução. “Não lembrava bem o nome do autor. Mas com a indicação do título, os funcionários conseguiram localizar. Eles são muito bem treinados e conhecem o acervo.”

O advogado Agnaldo Caetano de Paula, de 81, é um dos leitores mais assíduos da biblioteca estadual.“Não aguento ficar sem um livro. É meu companheiro. À tarde, em minha casa, tomo uma cerveja e abro um livro.” Por meio dos empréstimos, ele consegue ler, em média, dois livros por semana. Isso faz com que conheça bem o acervo. O nível de conhecimento dele em relação ao material da instituição se equipara aos dos funcionários. “Conheço todos os códigos. Brinco que já está na hora de pedir um emprego aqui na biblioteca”, afirma. Mas ele reconhece que nem todos os leitores têm a mesma desenvoltura na hora de encontrar os livros. “Nem sempre a turma observa esses códigos”, diz, lembrando que o sistema informatizado ajuda os leitores menos assíduos.

Alessandra Gino informou que o sistema está fora do ar devido a um problema com o servidor. “É um problema técnico. Alguns discos deram problema e tivemos que abrir processo para adquirir outros.” Segundo ela, o conserto está sendo feito com a maior celeridade possível. “Não é um processo que conseguimos adquirir os discos de ontem para hoje. A Prodemge está atuando para o conserto desde o dia em que detectamos o problema”, informou. A Prodemge é a empresa de tecnologia da informação do governo de Minas Gerais. Mas ela garante que não há prejuízos.“O sistema não é a única forma que temos para trabalhar”, garante.

Alessandra faz questão de ressaltar que o problema não tem nenhuma relação com as exonerações ocorridas nos primeiros dias de janeiro. Ela reconhece, porém, que o processo de empréstimo está um pouco mais lento. A diretora garante que os funcionários conhecem bem o acervo e são capacitados para localizar os livros de maneira manual. “O programa dá autonomia para as pessoas. A interface é bem amigável para o leitor que anota o número de classificação e recupera o que deseja. Mas, se o sistema está fora do ar, eles têm o auxílio de nossos atendentes”, afirma Alessandra.


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