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postado em 27/01/2019 05:08


“Um álbum ainda representa seriedade por parte
do artista, traz respeito e reconhecimento”


Faltam alguns meses para o primeiro aniversário de Charles, o álbum de estreia da banda Daparte, mas os músicos já têm o que comemorar. No Spotify, o disco passou de 1,1 milhão audições. Acrescentando outras plataformas digitais, esse número passa tranquilamente de 2 milhões. O disco físico também tem boa circulação: 2 mil cópias. Apesar dos números, os músicos do grupo acreditam na força de um CD. “Um álbum ainda representa seriedade por parte do artista, traz consigo respeito e reconhecimento. Além de ser um trabalho com canções “lado b”, que agradam aos fãs e aos músicos. Mesmo se o álbum se tornar irrelevante, acredito que continuaremos fazendo para nós mesmos”, opina Daniel Crase, baterista da Daparte. “Aprendemos tudo ouvindo os discos inteiros dos nossos ídolos. Álbuns históricos como Sgt. Peppers (Lonely Hearts Club Band, Beatles, 1967) e Clube da esquina (1963) representam muito mais em conjunto que pelas canções em si”, afirma.
Apesar de reconhecer a importância de um CD, Daniel, Bernardo Cipriano (teclado e voz), João Ferreira (guitarra e voz), Juliano Alvarenga (guitarra e voz) e Túlio Cebola (baixo e voz) optaram por outro caminho para o projeto. Nos próximos meses, lançarão novas canções nas plataformas de streaming. A primeira, Nesse tempo, de Juliano Alvarenga, será apresentada sexta-feira. “É uma canção muito bonita e significativa para nós. Acho que é uma ótima transição da fase Charles para essa nova que estamos semeando. Faz jus ao nosso primeiro disco, mas introduz um pouco do novo imaginário que permeará nossos novos passos”, conta João Ferreira, antecipando que, ainda este ano, a Daparte vai lançar dois singles produzidos por Dudu Marote, uma parceria com a paulistana Mariana Nolasco, e outra com o rapper Flávio Renegado, além de outros trabalhos. Sobre a periodicidade de lançamento, Túlio Cebola diz que, por enquanto, não existe nada muito definido. “Acredito que a cada dois ou três meses o público terá acesso a algo novo. Um disco no final do ano está dentro dos planos. É provável que seja uma união de singles e inéditas”.




COM A PALAVRA
Bernardo Cipriano, Juliano Alvarenga, João Ferreira, Túlio Cebola e Daniel Crase
Banda Daparte

Como surgiu a ideia de lançar singles?

João Ferreira – O consumo hoje é muito fugaz e dinâmico. Acreditamos que a avidez do nosso público por cada vez mais e mais conteúdo possa ser sanada com lançamentos mais constantes. Resolvemos estar sempre lançando algo durante esse ano. Vamos ver no que dá.

Juliano Alvarenga – Hoje, vivemos em um mundo onde tudo é consumido e usado rapidamente. Com a música não é tão diferente, a grande maioria não ouve discos como antigamente. A gente vai experimentar dar enfoques maiores para as músicas que achamos legais, lançando em formato de singles ao longo do ano.

Bernardo Cipriano – Essa estratégia surge como uma resposta ao mercado, mais especificamente, ao consumidor e a sua forma de consumo, a qual reflete a dinamicidade hodierna das relações do ser humano, seja com as pessoas, com a tecnologia ou com o entretenimento, evidenciada no meio musical pelo fenômeno das playlists.

Para vocês, qual a diferença um disco e singles? Existe, por exemplo, a preocupação de manter uma unidade na escolha das canções ou não há regras?

Juliano Alvarenga – Talvez a viagem de compor um disco te permite pirar mais no som... Estávamos pensando em fazer uma seleção de músicas mais populares do que algumas do nosso primeiro disco.

João Ferreira – Temos procurado manter uma uniformidade, mas de maneira muito natural. Nossas composições estão cada vez mais conversando entre si, tanto pela maturidade musical que vamos alcançando quanto pela convivência diária e intensa que temos, cada vez mais. Estamos todos muito alinhados em ambições e ideias, então, acaba que as novas composições vêm conversando mais, naturalmente.

Bernardo Cipriano – A unidade na escolha de canções pode ou não ser um fator importante na concepção de um disco. Até hoje, embora busquemos cada vez mais encontrar um som que abranja, de maneira coesa e concisa, as cinco faces da banda, ainda temos aproveitado boas músicas quando surgem, independentemente de seu gênero ou conceito.

Quase um ano depois do lançamento do disco Charles qual o balanço vocês fazem da obra e da repercussão dela?

João Ferreira – O disco já teve mais de 1 milhão de audições no Spotify. Através do trabalho que realizamos com a Sony, conquistamos fãs por todo o Brasil. Muita gente no interior de SP, Brasília, Cuiabá... Fora que, em Belo Horizonte, está cada vez mais bonito de se ver. Acabamos de fazer um show no Mercado Distrital do Cruzeiro para mais de 800 pessoas (atingindo a lotação da casa) e cantaram todas as músicas do disco. Esse cenário era apenas um sonho nove meses atrás, quando lançamos o disco.

Juliano Alvarenga – Acho que Charles nos motivou a acreditar que temos potencial para fazer música pop rock de qualidade e que atinja muita gente. É muito legal olhar para trás e lembrar da época que apenas nossos amigos conheciam a gente. Hoje é perceptível e prazeroso, a cada show, conhecer pessoas novas que vem nos parabenizar pelo trabalho. Isso tem acontecido com frequência nas nossas redes sociais.

Túlio Cebola – A gente têm muito orgulho do resultado final do trabalho, bem como da repercussão positiva que nos proporcionou. Somos muito gratos ao Charles e a todos os envolvidos em sua concepção, pois foi o disco que mostrou nossa cara pro mundo e abriu as primeiras portas para que pudéssemos dar início à nossa trajetória e sonhar mais alto. Sabemos que não é um trabalho perfeito. Com o tempo, nossa autocrítica só aumenta e sabemos que podemos usar o Charles como referência para lançar trabalhos ainda melhores no futuro.


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