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O real ou o pior


postado em 27/01/2019 05:08


É difícil entender o que acontece com algumas pessoas atualmente. A internet e as redes sociais talvez sejam responsáveis por mudanças significativas de comportamento. Ou, talvez, as pessoas mudaram por outros fatores, como a queda do pai como o único provedor depois da explosão do capitalismo e a abertura do mercado de trabalho, modificando o lugar da mulher na sociedade e provocando uma grande mudança comportamental com o avanço das liberdades individuais.

O trabalho pelos direitos humanos da mulher, das minorias, como homossexuais, negros e índios, ganhou terreno, obrigou as pessoas a perceber os próprios preconceitos, abandonar condutas tradicionalistas e aceitar as diferenças com maior respeito. Tem-se educado o homem, mas é duro civilizar certa agressividade inata que insiste em se realizar.

O homem tem sido educado. Nas escolas, pela mídia, talvez mais do que em casa, no sentido do bem social e ambiental. Ficou-se politicamente mais correto, não que isso agrade a todos. Aprendemos a pensar o meio ambiente e ver como são importantes coisas que 50 anos atrás não eram. Não dá pra voltar no tempo.

Mas ainda penso que a internet revolucionou tão rapidamente que ainda não sabemos usá-la. Não conhecemos todo o seu alcance. Diariamente, temos atualizações, novidades, uma forma diferente de rede social. As pessoas se apresentam como querem ser vistas. Sem crítica, dizem e mostram tudo ou quase tudo. Timidez, pudor, vergonha, modos que beiram a perversão.

Quando Freud descobriu que a sexualidade não era coisa de adulto, mas de qualquer corpo humano, estendeu para as crianças a grande curiosidade sexual. Associou a libido às fases oral, anal e finalmente genital. Antes de adquirir noções morais, elas fazem suas pesquisas e são muito interessadas nas funções do corpo.

Todo corpo é erógeno, mas, para viver em sociedade, deve abrir mão de grande parte do que lhe é natural. Na cultura civilizada, esse é o preço para ser capaz de manter a coesão social, o sacrifício de parte de pulsões antissociais, como a agressividade. O ser humano deve se higienizar, não pode expressar abertamente condutas sexuais, ou seria como os animais. O corpo precisa da civilidade para não cair na barbárie, pois assim seria pela força das pulsões.

Atualmente, no entanto, comportamentos outrora reprimidos pela educação, que antes causavam rubor à menor menção da vida íntima em público, viraram coisa pública. As pessoas se exibem, se mostram, se autopromovem. Elogiam, declaram como se fossem mestras, mostram o que comem, o que fazem, onde vão e vivem. Ao contrário de estimular o desejo, esse véu que caiu produz desinteresse. Desejamos o que nos falta. O sobejo enjoa.

Assim, comportamentos carregados de perversão são aqueles para onde caminha a vida do homem “civilizado”, talvez “pós-civilizado”. E a pergunta que não cala: para onde caminha a humanidade?.

Precisamos que nossos ministros nos instruam sobre o que é um homem e uma mulher? Que nos instruam a atirar? Que coloquem vigias nas salas de aula de nossos filhos? A verdade sobre o que é o real nunca pode fazer mais mal do que isso. E o real é o que vivemos a negar.


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