Luxo mesmo, dos maiores, é uma bela noite de sono. Daquelas em que o colchão se transforma em ninho, quando a noite passa sem o menor atropelo. Não tenho muita certeza, mas acredito que quem não quer lançar mão de soníferos, nunca tem uma noite daquelas, de antigamente, da juventude, onde dormir era se livrar de toda a carga do cotidiano, e até sonhar. Vivo sonhando com uma noite dessas. Isso porque o sono insuficiente é um problema comum na sociedade atual, e as causas são multifatoriais. Problemas como aumento de demanda de trabalho, agenda social, dinâmica familiar, condições médicas, idade e distúrbios do próprio sono podem interferir na qualidade e quantidade de horas dormidas. Com o acúmulo de privação de sono, a pessoa pode apresentar piora no desempenho geral, aumento de risco de acidentes e efeitos complicados na saúde física e mental.
O sono tem duas dimensões: duração (quantidade) e profundidade (qualidade). Quando ocorre inadequação em qualquer uma dessas variáveis, a pessoa pode sofrer com deterioração da performance e do estado de alerta durante o dia.
Privação de sono aguda pode ser definida como redução do tempo total de sono por até dois dias. No caso de privação de sono crônica (também chamada de restrição de sono), existe uma diminuição no sono rotineiramente. A necessidade de sono varia drasticamente de um indivíduo para outro e ao longo da vida. Por este motivo, é extremamente difícil definir a quantidade de horas suficientes para uma população tão heterogênea.