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Abraço às comunidades

Bairro Alto Vera Cruz recebe segunda edição do Festival Internacional Comunitário, que busca criar redes de solidariedade e estimular a arte de grupos das periferias


postado em 07/01/2019 05:02

A primeira edição do FIC foi realizada em La Carpio, periferia de San José, na Costa Rica(foto: FIC/Divulgação)
A primeira edição do FIC foi realizada em La Carpio, periferia de San José, na Costa Rica (foto: FIC/Divulgação)



Há 50 anos, a família venezuelana Salas criou a cooperativa Cecosesola, considerada atualmente a maior organização comunitária para a distribuição de bens e serviços na Venezuela. Uma das filhas, Corina, mudou-se para Belo Horizonte para estudar e aqui conheceu a mineira Meire Regina, formada em letras, Teatro do Oprimido e pedagogia curativa e social. “Inicialmente, Corina queria fazer algo para reunir as famílias – já que cada um mora em um país –, mas tendo como pano de fundo esse trabalho comunitário e de ação social. O que era para ser uma reunião familiar virou o Festival Internacional Comunitário (FIC)”, explica Meire.


O evento evoluiu até se transformar em uma plataforma internacional de desenvolvimento e compartilhamento de ferramentas, projetos e metodologias para fortalecer ações comunitárias. A primeira edição do FIC foi realizada em dezembro de 2016, na comunidade La Carpio, periferia de São José, na Costa Rica, onde vive mais um integrante dos Salas, Ricardo, coordenador da Asociación Masaya: Teatro + Convivencia, com sede naquele país.


A partir de hoje, BH recebe a segunda edição do festival em dois espaços do Bairro Alto Vera Cruz, na Região Leste da capital, com programação gratuita. “O objetivo é trabalhar em locais periféricos estigmatizados pela fragilidade social e potencializar e valorizar o fazer artístico da comunidade. Muitos grupos e artistas de um mesmo lugar não conhecem o trabalho do outro e a nossa intenção é formar e fortalecer uma grande rede solidária”, explica Meire.


A solidariedade norteia todo o FIC. Como o evento não tem fins lucrativos e não recebe apoio de editais, os organizadores contam com todo tipo de ajuda. Meire ressalta que foi realizada uma campanha de solidariedade para que qualquer cidadão possa ajudar de alguma maneira por meio de rifas e doações. “As pessoas ajudam da forma que lhes convier, seja através de trabalho voluntários ou contribuições. Fornecemos almoços e lanches comunitários, que serão servidos durante todo o festival, não só para os artistas, mas para os participantes”, informa.


A programação traz oficinas, intervenções, bate-papos e rodas de capoeira. No fim de semana de encerramento, no Centro Cultural do Alto Vera Cruz, haverá apresentações e trocas entre os grupos culturais e organizações comunitárias. “Não é apenas apresentar o que sabe fazer, mas também permitir que se realize um grande diálogo entre os grupos.”

LIBERDADE O mote desta edição foi escolhido há cerca de um ano e meio. Meire nunca imaginou que ele seria tão atual. A temática traz, ao mesmo tempo, uma pergunta e uma exclamação: “Convivendo em liberdade?!”. “No primeiro FIC, o tema envolveu a imigração e teve como título ‘Convivendo sem fronteiras’. Agora, esse questionamento veio a calhar por tudo que o país está atravessando. A ideia não é necessariamente responder, mas estimular a reflexão sobre a liberdade em todos os seus aspectos”, enfatiza Meire.


A segunda edição do Festival Internacional Comunitário é produzida pela Asociación Masaya: Teatro + Convivencia (Costa Rica), Viagens em Educação (BH), Grupo Levante de Teatro do Oprimido (BH) e conta com o apoio e a parceria do Grupo Iúna de Capoeira Angola, Centro Cultural Alto Vera Cruz (os dois de BH), Cecosesola (Venezuela), Circo da Gente (Ouro Preto, Brasil) e Grupos Culturais da Casa do Hip-Hop, do Bairro Taquaril (BH).

 

 

FESTIVAL INTERNACIONAL COMUNITÁRIO (FIC)
De hoje a 13 de janeiro, na sede do Grupo Iúna de Capoeira Angola (Rua Doutor Brochado, 1.500, Alto Vera Cruz) e no Centro Cultural do Alto Vera Cruz (Rua Padre Júlio Maria, 1.577). Entrada franca. Informações: facebook.com/FICFestivalInternacionalComunitario.

 

 

PROGRAMAÇÃO

•Sede do Grupo Iúna de Capoeira Angola
(Rua Doutor Brochado, 1.500, Alto Vera Cruz)

» Hoje
Dança Circular com Fernanda Payão,
das 10h às 12h
Oficina de Estética do Oprimido com
Meire Regina, das 14h às 18h

» Amanhã (8)
Encontro com o Circo da Gente
(Ouro Preto), das 10h às 17h

» Quarta (9)
Forró com Bruno Gomes (intervenções)
Roda de conversa com a Cecosesola: 51 anos de autogestão (Venezuela), das 11h às 12h
Gestão para a liberdade em BH: roda de conversa entre coletivos e organizações, das 15h às 18h

» Quinta (10)
Canções e sons para embalar a roda!,
com Gustavo Félix (intervenções)
Oficina de apoio mútuo: jogos e dinâmicas para fortalecimento das redes de apoio mútuo, com a Associação Masaya (Costa Rica e Venezuela),
das 10h às 17h

» Sexta (11)
Encontro com Eda Costa: música iorubá e confecção de bonecas abayomi, das 14h às 17h
Roda de conversa: capoeira angola e comunidade com Mestre Primo, do Grupo Iúna de
Capoeira Angola, das 17h às 19h
Roda de capoeira com o Grupo Iuna de
Capoeira Angola, das 19hs às 21hs.

•No Centro Cultural do Alto Vera Cruz
(Rua Padre Júlio Maria, 1.577, Alto Vera Cruz)

» Sábado (12)
Alto Rabiscos!: roda de conversa e oficina aberta com o artista visual Pelé, do Morro do Papagaio, e a artista visual Wanatta, do Alto Vera Cruz, das 10h às 17h.

» Domingo (13):
Alto Laços!: apresentações e trocas entre os grupos culturais e organizações comunitárias,
das 14h30h às 19h.


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