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Sonhos renascem

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Pelo menos do ponto de vista de serem mortais como todos nós, podemos apostar no governo que assume o país amanhã. Primeira dama de shortinho e presidente eleito lavando roupa no tanque em fotos de jornal nunca vimos – a premissa é que o primeiro casal do país não tem nada a esconder, a vida é levada como a de milhares de brasileiros. É claro que só até hoje, daqui para a frente o cerimonial toma conta do recado e as coisas mudam. E as regras são para todos, governos previdencialistas ou nobreza. Só para dar dois toques: Elizabeth da Inglaterra não pode ser cumprimentada por outras mulheres enluvadas ou usando óculos de sol. A mais próxima de nossa realidade é a primeira-dama da França que, apesar da idade, não se incomoda de mostrar boa parte das coxas, afinal de contas o estilista Lagerfeld já disse que ela tem as pernas mais bonitas da Europa.

Deixando as banalidades do mundo e colocando os pés no solo brasileiro, Deus nos ajude a conseguir todas as benesses que merecemos. Afinal de contas, resignação cansa, e nunca estivemos tão resignados com a situação que temos vivido desde o advento do lulismo. Ninguém que já viveu muito ignora que esse troca-troca e botar a mão no dinheiro público nunca foi novidade por aqui.

Mas a quantidade é que espanta. E até grandes empresas que estão pagando com várias penalidades legais e monetárias a participação na Lava-Jato reparam que os que levaram muita grana delas sequer devolveram um vintém aos cofres públicos. Só para ficar em casos históricos na cidade, uma primeira-dama mineira fazia grandes festas beneficentes, mas, como não tinha estrutura para tomar conta do programa, instituiu uma mulher bem relacionada na sociedade para cuidar da grana das festas. A amiga adorou e adotou o sistema de “um pra lá e dois pra cá”. Faturava os tubos com as festas beneficentes promovidas pela inocente primeira-dama. A sociedade inteira sabia desse “Lava-Jato social”,  mas ninguém tinha coragem de contar.

No último dia do ano – e na esperança de tempos melhores – o que temos mesmo que fazer é mandar para o novo governo muita força positiva, ser contra o novo poder é ser contra o país. E só quem não pensa no dia seguinte é que quer que o presidente Bolsonaro dê com os burros n’água.
É mais do que evidente que o peso do descalabro no qual o país se encontra não será resolvido da noite para o dia. Nem do ponto de vista federal ou estadual. Os funcionários públicos mineiros continuam penando, o 13º salário está longe de ser alcançado, mas as conta de serviços estaduais – como água, luz, telefone e impostos – continuam chegando. Quem não consegue fazer o milagre da multiplicação e quitar seus débitos em dia, pagam multas. O governo não faz essa graça: não paga nenhuma multa.

Então, para encurtar a conversa nesse dia que deve ser de pensamento positivo, o que podemos esperar e desejar a todos é um feliz ano novo..