Jornal Estado de Minas

"Presentes" da idade

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis



Quanto mais vamos vivendo, mais avaliamos se realmente vale a pena. Há pessoas que enfrentam a idade sem maiores problemas, mas se formos reparar, o que cai em nossa cabeça é mais do que esperávamos. E a cada dia sabemos de um detalhe sobre envelhecimento que jamais imaginávamos existir. Outro dia, escutei do meu dentista que, com a idade, as gengivas vão encolhendo e os dentes ficam mais expostos. Não é invenção nem mentira, pois ele não teria coragem de me pregar uma dessas – é meu primo.

Há doenças mais ou menos conhecidas, como a asma, que mesmo sendo uma complicação na mocidade, torna-se um perigo na velhice. Tosse, catarro e crises de falta de ar são sintomas comuns a males pulmonares. A asma está entre as mais conhecidas deles, 6,4 milhões de brasileiros sofrem com ela.

Por ser doença crônica e não ter cura, acompanha o paciente durante toda a vida e exige tratamento constante, trazendo enormes desafios para a gestão da saúde pública.

As crises de asma podem ser mais perigosas na terceira idade. Como é uma doença crônica e inflamatória, tendo a maioria dos casos relação direta com alergia, pode provocar sérios impactos sobre a vida do paciente: dificuldade para dormir, fadiga, redução das atividades e faltas no trabalho.

Com o envelhecimento, essa doença se torna persistente e difícil de ser tratada.

O passar da idade provoca a redução da capacidade de respirar do pulmão. Além disso, o prolongamento da vida expõe ainda mais a pessoa à poluição atmosférica.

De acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada quatro pessoas terá mais de 65 anos em 2060. Informar-se sobre a doença é um dos primeiros passos para a prevenção. A asma costuma ser mais difícil de ser diagnosticada à medida que a pessoa envelhece, pois os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças pulmonares e cardíacas.

Quando doenças crônicas não são diagnosticadas e tratadas adequadamente, podem levar a internações e até a óbito. Os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) apontam que enfermidades crônicas não transmissíveis foram a causa de cerca de 72,6% das mortes no Brasil em 2015. O número de mortes por asma é muito maior entre os idosos.

Se a pessoa se queixa de tosse, chiado no peito e cansaço com frequência, é importante procurar um especialista para obter o diagnóstico correto. No caso de pacientes já diagnosticados, a consulta ajuda a verificar se o tratamento deve ser modificado.
Para identificar a asma, o exame mais indicado é a espirometria, conhecida como teste do sopro..