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"Ainda choro pelo Brasil"


postado em 10/12/2018 05:04

“Quis fazer uma peça que estudasse as diferenças entre o ‘novo’ e o ‘revolucionário’. O revolucionário nem sempre é novo, absolutamente, e o ‘novo’ nem sempre é revolucionário”, disse Oduvaldo Vianna Filho, em 1972. E você, quis fazer o mesmo com o filme? Mostrar as diferenças à luz do Brasil dos últimos anos?
Não. Eu li (e vi) na peça uma história de amor e política, em que o microuniverso da família espelha o mundo inteiro. Vianinha era um humanista, gostava de gente. Seu amor pelo ser humano, como nos grandes criadores, está acima de sua ideologia.

“O mundo mudou. Vem aí a abertura política”, diz uma das personagens. Eram tempos de esperança. E quais são os tempos de hoje?
Os tempos são, como eram no fim da ditadura militar, de apreensão e também de esperança. O Brasil sobreviverá.

Você tem que reagir.” E como o cinema brasileiro pode reagir ao crescente desinteresse do público pelas produções nacionais?
Tentando se reconectar com o público. Não para satisfazê-lo, mas para representá-lo.

Como reconstruir o diálogo entre pessoas que habitam “galáxias diferentes”, como define uma das personagens?
Talvez a mais nobre faculdade humana, aquela que nos define, seja nossa capacidade de imaginar o mundo do ponto de vista do outro. Temos que encontrar os nossos mínimos denominadores comuns, aquilo que nos une, que é muito maior do que o que nos divide. Alguém não quer melhor educação, segurança, saúde?

O pai, Custódio, que era conhecido pelo codinome Manguari Pistolão, grita para o filho: “Revolucionário pra mim já foi uma coisa pirotécnica, agora é todo dia”. Essa é a revolução possível no Brasil de 2018?
Talvez essa seja a única revolução possível em qualquer lugar, em qualquer época. Como diz Manguari ao filho, “na vida a gente tem que se encher de problemas, não fugir deles”.

Assim como o ex-militante Manguari, diante da “imensa solidão dessa gente, da imensa injustiça”, você ainda chora pelo Brasil?
Sim, eu ainda choro pelo Brasil. Passe um dia num hospital público. Se você não chorar, procure ajuda profissional.


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