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Adeus ao ícone do pós-punk

Morre Mark E. Smith, líder do grupo inglês The Fall. Lenda da cena indie, o cantor influenciou várias bandas e fez fama também pelo temperamento difícil e letras enigmáticas


postado em 15/11/2018 05:05

Mark E. Smith lançou mais de 30 discos à frente do The Fall(foto: Youtube/reprodução )
Mark E. Smith lançou mais de 30 discos à frente do The Fall (foto: Youtube/reprodução )


A cantora e compositora Cat Power, o cineasta Edgar Wright, o baixista Peter Hook (ex-New Order), a banda Pixies e o líder do Arcade Fire, Win Butler, não pouparam palavras para falar sobre Mark E. Smith. O líder da banda britânica The Fall morreu na quarta-feira, aos 60 anos. O comunicado foi feito nas redes sociais do grupo, sem maiores detalhes sobre a causa da morte.

“Gostaria que mais artistas fossem tão verdadeiros”, tuitou Butler. “Mark, você vai fazer muita falta”, disse Hook, também pelo Twitter. “Não apenas uma lenda da música indie, mas alguém que, para mim, era um portal para esse gênero”, acrescentou Wright, diretor do filme Em ritmo de fuga (2017).

Criado em Manchester, em 1976, The Fall sempre foi considerado um projeto pessoal de Mark E. Smith. Conhecido pelo temperamento difícil, que o levou a despedir dezenas de integrantes do grupo, ele deixa uma das discografias mais prolíficas do pós-punk.

The Fall, na verdade, é a banda mais longeva e prolífica de sua geração. Foram mais de três dezenas de álbuns – o mais recente deles, New facts emerge, lançado em 2017. Na discografia da banda se destacam Perverted by language (1983) e This nation’s saving Grace (1985). No Brasil, foram lançados Bend sinister (1986) e The Frenz experiment (1988).

Ainda que seja fruto do pós-punk, a música do grupo abrange diferentes estilos – pode cair no rock atonal, pode ser mais acessível. Mas algumas características não mudaram ao longo de quatro décadas: melodias cruas e as letras enigmáticas de Smith, interpretadas por ele com vocal quase incompreensível.

The Fall nunca conheceu o sucesso comercial, mas influenciou uma geração de artistas e virou objeto de culto dos fãs. O grupo foi muito próximo da BBC Radio 1, do lendário DJ John Peel, que sempre o considerou sua banda favorita. “Eles são sempre diferentes, eles são sempre os mesmos”, disse Peel, responsável por lançar grupos como The Smiths.

A banda de Mark E. Smith rivalizou com outros grupos do Norte da Inglaterra, como o Joy Division, com o qual dividiu o palco em alguns shows. Smith pode ser visto em A festa nunca termina (2002), filme de Michael Winterbottom que retratou o rock inglês da década de 1980, principalmente grupos às voltas com a Factory Records, em Manchester.

Tony Wilson, criador da Factory e figura central do rock britânico, chegou a dizer que “se houvesse um cálice sagrado, Mark Smith seria o único autorizado a pegar nele”.


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