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KALIL CRITICA "A IGNORÂNCIA DA DIREITA"

Em lançamento de programa de fomento ao audiovisual na capital mineira, ontem, prefeito prometeu enfrentar "os que abraçam uma falsa religiosidade para combater quem quer fazer cultura e fazer arte"


postado em 14/11/2018 05:14

O prefeito Alexandre Kalil e os secretários de Cultura Juca Ferreira (municipal) e Angelo Oswaldo (estadual), no lançamento do programa %u201CBH nas Telas%u201D, ontem, no MIS Santa Tereza (foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS )
O prefeito Alexandre Kalil e os secretários de Cultura Juca Ferreira (municipal) e Angelo Oswaldo (estadual), no lançamento do programa %u201CBH nas Telas%u201D, ontem, no MIS Santa Tereza (foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS )


A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou ontem um pacote de investimentos de R$ 9 milhões para fomentar e desenvolver a produção audiovisual na capital mineira em 2019. Batizado de “BH nas Telas”, o programa foi lançado no Museu da Imagem e do Som (MIS), em Santa Tereza, com a presença do prefeito Alexandre Kalil, dos secretários de Cultura do município, Juca Ferreira, e do estado, Angelo Oswaldo, e de lideranças e personalidades do setor, como o cineasta Helvécio Ratton e a presidente da Associação de Trabalhadores do Cinema Independente de Minas Gerais, Luana Melgaço.

Kalil defendeu os incentivos para a cultura em Belo Horizonte, dizendo que o objetivo da administração é “fazer uma cidade mais gentil e mais alegre”. Em seu discurso, o prefeito atacou a direita conservadora. “Quero salientar também ao setor que nós vamos enfrentar a injustiça. Estamos preparados para enfrentar a ignorância da direita que quer aproveitar, ou melhor, que não é direita, é uma parte que abraça uma falsa religiosidade para combater quem quer fazer cultura e fazer arte”.

Em entrevista posterior aos jornalistas, o prefeito voltou ao assunto. “É uma pena que um setor tão importante para o povo, que é a cultura, que a gente quer levar para a rua, esteja tão atrelada a essa demagogia de meia dúzia, que está pensando nas próximas eleições, porque já foi derrotada nessa, que quer levar esse tema a esse nível. Lamento muito. Estamos fazendo investimento, queremos colocar esse setor tão abandonado e morto em Belo Horizonte de volta num lugar importante”, afirmou, sem citar nomes.

No fim do ano passado, o secretário Juca Ferreira moveu uma ação contra o vereador Jair Di Gregório (PP), que o havia acusado de promover a exposição Faça você mesmo sua Capela Sistina, do artista mineiro Pedro Moraleida (1977-1999). No entanto, a mostra esteve em cartaz no Palácio das Artes, que é de responsabilidade da secretaria estadual, não da municipal. A Justiça obrigou Jair a tirar do ar o vídeo em que chamava o ex-ministro da Cultura, atuante durante os governos do PT de Lula e Dilma Rousseff, de “um cara que não tem identificação com Belo Horizonte e que não conhece as famílias de Belo Horizonte”.

INCENTIVOS


O programa anunciado prevê maiores incentivos para produção e distribuição de longas e produtos para a TV. Segundo o secretário municipal adjunto de Cultura, Gabriel Portela, que detalhou a fatia de investimento em cada área, haverá preocupação em garantir orçamento para jovens realizadores. Curtas e médias metragens também receberão investimentos, mas em fatias menores, assim como pesquisas e publicações sobre o tema e outras políticas de difusão. Tanto Portela quanto Juca Ferreira aludiram à necessidade de democratizar o acesso aos editais com ações afirmativas voltadas a grupos minoritários, mas não detalharam como isso será feito.

Outro ponto destacado foi a criação da Belo Horizonte Film Commission, com o objetivo de acelerar processos já realizados pela atual Comissão de Filmagens. O programa também vai contemplar a produção de games para celular baseados em criações de quadrinistas residentes em BH. Os recursos são provenientes da Linha de Investimentos Regionais da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Juca Ferreira argumentou que o programa será um modelo mais eficaz de fomento que as leis de incentivo.

“Hoje, a lei de incentivo é um mecanismo de incentivar por meio de editais. Essa nossa política vai trabalhar forte de outra forma. É muito difícil filmar em BH, alguns dos filmes que têm a cidade como cenário acabam filmados fora daqui. Vamos facilitar esse processo, com estímulos a outras linhas produtivas, como games e animação, assumindo a responsabilidade de participar no fortalecimento dessa indústria e construir um patamar maior de produção cinematográfica como atividade cultural em BH”, disse o secretário.

Ferreira defendeu a atuação do Estado como agente desenvolvedor da cultura. “Há um certo preconceito contra a presença do Estado na cultura, sendo que ele é imprescindível. Não cabe ao Estado estatizar a cultura, nem dirigir, nem escolher o que deve ser visto, mas cabe a ele criar as melhores condições possíveis para o desenvolvimento cultural ao acesso de todos”, discursou na sala de exibição do MIS, que passa a se chamar Sala Geraldo Veloso, em homenagem ao cineasta mineiro morto no último dia 30 de setembro, aos 76 anos. Luana Melgaço e Helvécio Ratton entregaram uma carta ao prefeito, classificando o “BH nas Telas” como um grande avanço do setor audiovisual e apoiando o programa.

Virada Cultural

Questionado sobre o cancelamento da 5ª edição da Virada Cultural pelo segundo ano consecutivo – o evento originalmente ocorreria em 2017, foi adiado para o fim de semana retrasado e finalmente cancelado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Fundação Municipal de Cultura dois dias antes da data prevista –, o prefeito Alexandre Kalil atribuiu a decisão a Juca Ferreira.  “A Virada Cultural foi uma decisão da Secretaria Municipal de Cultura. Ela pediu para adiar para 2019. Como eu disse, cada um no seu quadrado, se ela acha que não estamos preparados para 2018, vamos fazer benfeito em 2019”.


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