De tempos em tempos, a Lua aparece no céu maior e mais iluminada do que o de costume.
Este fenômeno é chamado de "superlua" e ocorre quando a Lua está cheia e no perigeu, o ponto mais próximo da Terra.
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Neste momento, o satélite parece estar maior por ficar perto do horizonte. Nosso cérebro o percebe desta forma porque há objetos próximos, como edifícios e árvores, com os quais é possível comparar seu tamanho.
O fenômeno acontece algumas vezes por ano e, dependendo da época, ganha nomes peculiares, como "superlua de sangue", por conta do tom avermelhado que a Lua adquire com a ocorrência simultânea de um eclipse total enquanto o satélite estava no ponto mais próximo da Terra. É um fenômeno muito mais raro do que uma superlua "comum".
A próxima e última superlua de 2019 está prevista para 21 de março.
O que é uma superlua?
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Telescópio James Webb acha alto volume de vapor de água em lua de SaturnoAs inovações dos trajes espaciais que serão usados na volta à LuaPor que cientistas discutem criação de fuso horário na LuaO nome "superlua" foi criado em 1979 pelo astrólogo americano Richard Noole para designar "uma Lua nova ou cheia que ocorre quando a Lua chega ou está próxima (pelo menos 90%) de sua maior proximidade da Terra".
No entanto, o termo se popularizou como uma referência a quando a Lua está cheia nesta posição.
Conforme explica a Nasa, isso ocorre porque o satélite orbita a Terra em uma trajetória elíptica a cada 27,3 dias. Assim, ela se aproxima e se afasta do nosso planeta conforme percorre esse caminho.
O ponto mais longe de nós nesta elipse - a 405.500 quilômetros da Terra em média - é chamado de apogeu. Em contrapartida, ela atinge o perigeu quando chega a 363.300 quilômetros de distância em média.
Mas é importante notar que órbita da Lua muda com o tempo, afirma a Nasa, por conta de influência gravitacional do Sol e de outros planetas. Com isso, mudam também seu apogeu e perigeu. No caso desta superlua, seu perigeu será a 356.760 quilômetros de distância.
Quando uma Lua está cheia e no perigeu, ela aparece 7% maior, por sua proximidade da Terra, e 15% mais brilhante - porque reflete mais luz do Sol para a Terra - do que uma lua cheia normal. E pode ficar até 14% maior e 30% mais brilhante do uma "microlua", como é chamada uma lua cheia no apogeu.
No entanto, a diferença de tamanho e iluminação na superfície da Terra será "imperceptível a olho nu", segundo a Nasa.
Um efeito mais simples de ser notado será aquele sobre as marés, diz a agência americana, que serão intensificadas pela maior força gravitacional que a Lua exercerá sobre os oceanos.
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