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Por que a dieta mediterrânea faz bem

A culinária rica em vegetais e gordura boa altera positivamente sinais de inflamação, o metabolismo da glicose e da resistência à insulina, além do índice de massa corporal, mostra estudo americano com dados de 25 mil mulheres


postado em 30/12/2018 05:03

Azeite, carnes magras e alimentos não industrializados fazem parte desse regime(foto: Omar Torres/AFP - 29/7/14 )
Azeite, carnes magras e alimentos não industrializados fazem parte desse regime (foto: Omar Torres/AFP - 29/7/14 )

 

 




Os benefícios da culinária mediterrânea para a saúde de seus apreciadores têm sido demonstrados regularmente em estudos científicos. A fama fez, inclusive, que seus pratos e ingredientes virassem uma dieta e ganhassem adeptos por diferentes cantos do mundo. O que se passa no organismo humano com a ingestão regular desses alimentos, porém, não é completamente entendido. Uma equipe de pesquisadores de instituições americanas começaram a destrinchar esse processo e divulgaram o resultado do trabalho no periódico Jama Network Open.

“Embora estudos anteriores tenham mostrado benefícios para a dieta mediterrânea na redução de eventos cardiovasculares e na melhora dos fatores de risco cardiovascular, em que medida as melhorias de fatores conhecidos e novos contribuem para esses efeitos tem sido uma caixa-preta”, diz Samia Mora, especialista em medicina cardiovascular do Brigham and Women’s Hospital e da Harvard Medical School. “Nesse grande estudo, descobrimos que diferenças modestas nos biomarcadores contribuíram de forma multifatorial para um benefício cardiovascular, que foi observado em longo prazo.”

Mora e equipe tiveram como base dados de mais de 25 mil profissionais de saúde do sexo feminino que participaram do Estudo de Saúde da Mulher. As participantes responderam a um questionário de consumo alimentar, forneceram amostras de sangue e foram acompanhadas ao longo de 12 anos. A equipe categorizou as voluntárias como adeptas de dieta mediterrânea baixa, média ou alta, considerando a quantidade e a frequência com que os alimentos dessa culinária eram ingeridos.

De uma forma geral, os cientistas identificaram redução de 25% no risco de doenças cardiovasculares entre as participantes que seguiram a dieta rica em vegetais, frutas e azeite de oliva e com poucas quantidades de carnes e doces. Descobriu-se que, ao longo do estudo, 4,2% das mulheres do grupo baixo experimentaram um evento cardiovascular, contra 3,8% das do grupo médio e 3,8% das do grupo superior, representando, respectivamente, redução do risco relativo de 23% e 28%. Segundo os autores, o benefício é semelhante, em magnitude, à ação de estatinas ou de medicamentos preventivos.

Biomarcadores


Os investigadores também exploraram por que e como a dieta mediterrânea pode reduzir o risco de doenças cardíacas e derrame examinando um painel de 40 biomarcadores, representando novos e estabelecidos contribuintes biológicos para doenças cardiovasculares. Por meio dos exames de sangue colhidos ao longo dos 13 anos, a equipe detectou mudanças nos sinais de inflamação (responsáveis por 29% da redução do risco de doença cardiovascular), no metabolismo da glicose e da resistência à insulina (27,9%) e no índice de massa corporal (27,3%).

Principal autor do estudo, Shafqat Ahmad, do Brigham and Women’s Hospital e da Harvard Chan School, ressalta que os resultados têm importante aplicação clínica, com impactos consideráveis no bem-estar da população. “Nosso estudo tem uma forte mensagem de saúde pública: de que mudanças modestas nos conhecidos fatores de risco de doenças cardiovasculares, particularmente aqueles relacionados a inflamação, metabolismo da glicose e resistência à insulina, contribuem para o benefício a longo prazo da dieta mediterrânea. Isso tem consequências importantes para a prevenção primária de doenças cardiovasculares”, enfatiza.

Também foram identificadas conexões com melhoria na pressão arterial, nas taxas de colesterol, aminoácidos de cadeia ramificada e outros biomarcadores. Nesses casos, porém, houve menos associação entre a dieta mediterrânea e a redução de risco cardiovascular. As complicações consideradas no estudo foram o registro dos primeiros eventos de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, revascularização arterial coronariana ou morte cardiovascular.


"Nesse grande estudo, descobrimos
que diferenças modestas nos biomarcadores contribuíram de forma multifatorial para um benefício cardiovascular, que foi observado em longo prazo"


Samia Mora, 
especialista em medicina cardiovascular e participante do estudo

benefícios


25%
Redução no risco de ocorrência de doenças cardiovasculares em mulheres que seguiram uma dieta rica em vegetais, frutas e azeite de oliva


27,9%
Mudança nos sinais
de inflamação no metabolismo da glicose e da resistência à insulina

 

 


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