Jornal Estado de Minas

Saúde

Congresso discutirá avanços na prevenção e tratamento de doenças crônicas


A Sociedade para Estudos da Dor do Distrito Federal, em parceria com a Sociedade Mineira de Estudo da Dor, promove nos dias 28, 29 e 30 deste mês o Congresso Virtual Pain, no qual serão discutidos os seguintes temas: dor na criança, espiritualidade e medicina da dor, avanços tecnológicos na estimulação do sistema nervoso para alívio da dor e outros assuntos que mobilizam especialistas e pacientes





Serão 39 temáticas a serem tratadas durantes os três dias de congresso, amplamente discutidos por profissionais em dor crônica em nível nacional e internacional. De acordo com o presidente da Sociedade para Estudos da Dor do Distrito Federal, Carlos Gropen, esta será uma oportunidade única de ouvir e debater com alguns dos maiores especialistas do mundo. 

“A ideia partiu de uma conversa com dois outros médicos especialistas, pois queríamos debater sobre o tema em um congresso que fosse acessível para as pessoas acompanharem. E, então, reunimos os melhores nomes do país e, ao menos, cinco nomes de peso mundial. E conseguimos. Fizemos um congresso inédito no Brasil. Nunca havia tido algo tão grande, com participações de diversos lugares, em formato virtual”, declara. 

As inscrições para o congresso podem ser feitas pelo Sympla

Por que é importante falar sobre dor crônica? 


Segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), cerca de 37% da população brasileira – aproximadamente 60 milhões de pessoas – sentem dor de forma crônica. Ainda, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 80% dos adultos, no mundo, irão sofrer com crises agudas de dor nas costas ao longo da vida.  

“A dor crônica é uma dor que mais de três meses de evolução, quanto mais a dor se torna crônica, mais difícil ela se torna de ser tratada, até o ponto em que ela se torna intratável. Então, é importante que quem sofre com os sintomas procure o atendimento médico para avaliar e analisar o melhor tratamento para dor, já que ela interfere tanto nas capacidades físicas e profissionais quanto no emocional, com casos de ansiedade e depressão”, explica. 





Para Carlos Gropen, além da diminuição da qualidade de vida, o quadro clínico de dor crônica resulta em um efeito cascata na economia. “A dor crônica pode afetar a capacidade emocional e de cognição da pessoa, o que gera um efeito cascata na economia, pois os tratamentos, geralmente, são muito onerosos – medicamentos, exercícios e, em último caso, cirurgias. E, também, há, em alguns casos, a incapacidade profissional, o que também interfere no caráter econômico, afirma o especialista. 

*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram