Jornal Estado de Minas

NOVEMBRO AZUL

Teste inovador dispensa biópsias


O câncer de próstata é a segunda causa de morte por câncer no público masculino. Mesmo assim, a doença é rodeada de tabus. Mas uma coisa é certa: quanto mais precoce for o diagnóstico, maior a chance de cura e melhor será a qualidade de vida do paciente.

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A favor do paciente agora há um inovador método, menos invasivo e de mais preciso diagnóstico. Segundo o urologista Pedro Paixão, do Hermes Pardini, hoje não é preciso sair pedindo biópsia para todo paciente que estiver com PSA alto. “A maior parte das biópsias, que dão o diagnóstico final, são feitas em indivíduos que, na realidade, não têm câncer. E trata-se de um procedimento desconfortável, que leva a sangramentos e infecções. Quando, em um exame de rotina, identificava-se o PSA alterado e o exame de toque normal, havia duas opções para completar o diagnóstico: ressonância ou biópsia.”

Entretanto, segundo o médico, a curácia da biópsia é muito baixa, em torno de 15% a 20%, além de ser um exame muito invasivo. Em cada 10 biópsias realizadas, oito têm o resultado negativo. “Agora, nesses casos, podemos solicitar o PHI (índice de saúde da próstata) e tirar muitos pacientes de biópsias desnecessárias. Caso o exame dê positivo, aumenta-se a curácia da biópsia em torno de 75%. Para realizá-lo, é preciso pedido médico”, avisa Pedro Paixão.

O médico explica que “a doença de próstata é o tipo de câncer que atinge a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Ao realizar exames preventivos, é possível diagnosticá-la precocemente, quando as chances de cura são de cerca de 90%."

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PREVENÇÃO 

Os exames mais comuns são o toque retal (permite ao médico apalpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença) e o exame de sangue, para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).

Pedro Paixão chama a atenção para a importância da visita regular ao médico, pois, em estágio inicial, o câncer pode não apresentar sintomas. O alerta é ainda maior para quem tem histórico de câncer na família, é muito importante que comece a realizar, rotineiramente, exames preventivos a partir dos 40 anos. "Procure seu médico pelo menos uma vez por ano. O melhor tratamento é sempre a prevenção”, afirma.

* Estagiária sob a supervisão da 
editora Teresa Caram