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Guloseimas, nem pensar!

A partir de amanhã, alimentos ricos em calorias, gorduras saturada e trans estão proibidos nas escolas do estado. As instituições e os pais deverão ter mais atenção com a merenda dos pequenos


postado em 23/06/2019 04:05

Andréia Veiga Vasconcelos com as filhas Alice e Amanda, que se alimentam de forma saudável desde a amamentação(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )
Andréia Veiga Vasconcelos com as filhas Alice e Amanda, que se alimentam de forma saudável desde a amamentação (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )

 

 








Coxinha, empada, suco de caixinha, biscoito recheado... Guloseimas que podem até dar água na boca, mas que não fazem bem à saúde, estão banidos do ambiente escolar. A educação alimentar na escola, além de ser essencial para a saúde e o bom desenvolvimento dos estudantes, influencia no aprendizado de alunos. A partir de amanhã, novos alimentos não poderão mais ser comercializados no ambiente de instituições particulares e nem por vendedores ambulantes nas portas dessas escolas. Entre eles estão preparações com alto teor de calorias, gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal ou com poucos nutrientes. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde e o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), a proibição está prevista no Decreto Estadual 47.557, de 2018, que regulamenta a Lei Estadual 15.072, de 2004, e a Resolução 2 da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais (Caisans-MG), de 20 de dezembro de 2018, que lista os alimentos que terão venda proibida e também aqueles que podem ser comercializados.

A venda de alimentos com alto teor de calorias, gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal ou com poucos nutrientes está vetada nas escolas de Minas Gerais. Medida que é uma aliada dos pais e também da luta da sociedade contra a obesidade mórbida infantil, que só aumenta no país. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, se não houver uma mudança nos hábitos alimentares até 2025, a doença pode atingir 11,3 milhões de crianças no Brasil. O que é assustador.

SEGURANÇA

A primeira sensação é de alívio. Mesmo que a alimentação saudável tenha feito parte da vida de Alice, de 7 anos, e de Amanda, de 4, desde a amamentação (que vivenciaram por um bom tempo). Mãe das alunas do Coleguium e do Bernoulli, respectivamente, Andréia Veiga, nutricionista e tecnóloga em gastronomia, agora passa a se sentir mais segura por saber que, pelo menos na escola, não serão expostas a alimentos ruins para a saúde. “Enfim, se tornou lei. O governo já vinha ensaiando essa mudança desde 2004. Na realidade, com as escolas das meninas não preciso me preocupar, porque elas já têm esse cuidado. E também, claro, por minha formação, elas foram ensinadas a consumir o que tem qualidade.”

Aliás, esse tema é tão recorrente na vida de Andréia que, em 2017, ele abriu a empresa “Tá na hora lanches”, com a proposta de melhorar a merenda nas escolas. Se, antes, ela corria atrás das escolas, agora a procura inverteu. “Oferecemos alimentação saudável sem realçador de sabor, trocamos o óleo pelo azeite, usamos sal marinho e ervas como tempero, manteiga ghee em vez de banha, enfim, temos o maior cuidado em oferecer comida de verdade. Temos coxinha de abóbora assada e passada na farinha de milho e não de rosca, quibe de quinoa, esfirra integral de carne, bolinha de batata-doce com frango... Tudo sem conservante ou aditivo químico. São salgados nutritivos e integrais. Para as crianças que estão na troca de dentes, é importante ter fibra na alimentação para treinarem mais a mastigação. Sabendo oferecer, seguramente, as crianças vão aceitar.”

Andréia conta que suas filhas comem doce com cautela. A sobremesa geralmente é feita em casa. Nunca tomaram refrigerante. Suco, só natural, sem açúcar ou com demerara ou melado. Ela também recomenda que pais deem “mel para as crianças acima de 2 anos, uma colher pela manhã é ótimo para a saúde”.

Diante de toda mudança, é preciso tempo para ajustes e tranquilidade, sem abrir mão da firmeza e do exemplo. Por isso, Andréia Veiga deixa um recado: “Os pais também precisam pensar em mudar. Não adianta o filho seguir uma linha na escola e em casa ter à mesa pipoca de micro-ondas e refrigerante. A bandeira da alimentação saudável tem de ser para todos”.

PORCARIAS


A designer gráfica Lívia Mesquita Pedras, mãe de Rodrigo, de 16 anos, e Theo, de 15, reconhece que os filhos, “pela autonomia, com o dinheiro que recebem, gostam e acabam comprando porcaria fora do colégio, já que não encontram mais dentro da escola. Ainda que tenham consciência, consomem açaí, refrigerante, doce, chocolate e sanduíche quando têm oportunidade”.

No entanto, a medida é aplaudida por Lívia, ainda que, para ela, “infelizmente, essa é uma questão cultural. Não precisaria haver uma lei, simplesmente todos deveriam ter bons hábitos alimentares”. No caso de seus filhos, ela revela que, “como na minha casa não entra porcaria no dia a dia, eles estão liberados no fim de semana. No entanto, eles sempre comeram bem frutas, saladas, legumes e verduras. Mas, principalmente o doce e o sanduíche gourmet, ainda é uma questão. Mas conseguem manter um equilíbrio, o que é um ganho”.

 

 


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