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Um ato de persistência

Casais com problemas de fertilidade e homoafetivos recorrem cada vez mais à reprodução assistida para realizar o sonho de ser pais


postado em 02/06/2019 04:08

Juliana Mesquita Trevas, de 36 anos, buscou tratamento para engravidar depois de passar por uma cirurgia para retirar as duas trompas e um pedaço do intestino: Marina nasceu em maio de 2014(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press %u2013 22/4/19)
Juliana Mesquita Trevas, de 36 anos, buscou tratamento para engravidar depois de passar por uma cirurgia para retirar as duas trompas e um pedaço do intestino: Marina nasceu em maio de 2014 (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press %u2013 22/4/19)



Diagnosticada com uma endometriose severa, em 2013, após ter sentido fortes dores pélvicas, a microempresária Juliana Mesquita Trevas, de 36 anos, ‘arregaçou as mangas’ e foi procurar ajuda para engravidar.
Em junho do mesmo ano, passou por uma cirurgia de oito horas, que lhe custou as duas trompas e um pedaço do intestino. A gravidez natural tornou-se inviável. No fim de julho, ela começou a fazer um tratamento e em setembro descobriu que estava grávida. “Marina nasceu em maio de 2014. A gravidez foi tranquila”, conta.


Em 2016, ela implantou dois embriões que estavam congelados desde 2013, mas o quadro não evoluiu para gravidez. Em agosto deste mesmo ano, sentindo fortes dores em decorrência do retorno da endometriose, ela foi submetida a uma cirurgia. “No início de 2018, a endometriose voltou, operei novamente e começamos um novo tratamento para a fertilização in vitro este ano. Tive três óvulos, dos quais implantei dois novos embriões e novamente a tentativa de gravidez não deu certo”, comenta Juliana.


Recentemente, o casal tomou uma decisão: partir para a adoção. “Meu marido é muito tranquilo. Sempre dizia que eu tinha direito de chorar, mas nunca me deixou sofrer. Além disso, Marina também quer um irmãozinho.” Em abril, os dois deram entrada nos papéis para a adoção e agora aguardam o dia em que terão o segundo filho.

TODOS OS TIPOS DE AMOR Os novos formatos de família – sejam casais homoafetivos, sejam mulheres ou homens solteiros –, além dos casais com problemas de reprodução têm contribuído para que os brasileiros procurem técnicas de reprodução assistida em clínicas especializadas, embora a procura por tratamentos ainda seja relativamente baixa no Brasil, se comparada a países como Estados Unidos e Espanha.


Segundo Ines Katerina Carvalho Cruzeiro, ginecologista, especialista em medicina reprodutiva e diretora técnica da Lifesearch, o Brasil tem cerca de 10% dos casais com dificuldades para engravidar, entre os quais 40% das causas se devem a problemas relacionados às mulheres, 40% aos homens e os outros 20% sem causa aparente.


Outro fator que explica o interesse pelo tema é o fato de a mulher, cada vez mais, adiar a maternidade, por questões sociais, laborais ou até mesmo afetivas. “Sem dúvida, as mulheres têm pago um preço caro por isso, já que os ovários vão envelhecendo ao longo do tempo”, diz Ines, que se refere aos 35 anos como idade-limite para que as mulheres consigam engravidar com taxas de 45% a 50% de sucesso.

 

 

Conheça as técnicas
que são mais utilizadas


» Acompanhamento/indução da ovulação com coito programado
A mulher usa uma medicação específica para induzir a ovulação, que é acompanhada pelo especialista a partir de exames de ultrassom. É indicado para pacientes com dificuldade para ovular. O casal mantém relações sexuais próximas ao momento da ovulação.

» Inseminação intra-uterina Artificial (IIU)
Técnica de baixa complexidade. Induz a ovulação na mulher e prepara o sêmen do homem. Os espermatozoides de melhor qualidade são introduzidos no útero da mulher. Nesse processo, o encontro do espermatozoide com o óvulo ocorre naturalmente.

» Fertilização in vitro (FIV)
Técnica de alta complexidade por ocorrer em laboratório. É mais invasiva, mas com maior chance de sucesso. Tem indicações específicas, sendo frequente em mulheres acima dos 35 anos, com redução dos níveis de ovulação com o avanço da idade. Espermatozoides são colocados junto com o óvulo para que ocorra a fertilização em laboratório. Os embriões selecionados são transferidos para o útero e o processo de gestação ocorre naturalmente.

» Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)
É considerada uma variação da FIV. No entanto, a colocação do espermatozoide junto ao óvulo é feita por injeção diretamente dentro do óvulo. É indicada para casos específicos, como alguma doença genética na família ou no caso de pacientes com abortamento de repetição, entre outros.


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