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Estado de Minas

Qual a sua história?

vivência pode mudar seu jeito de ver o mundo. Com mais de 20 mil depoimentos, iniciativa leva a todos a oportunidade de compreender melhor a sociedade e o modo como vive


postado em 17/02/2019 05:09

(foto: Museu da Pessoa/Divulgação )
(foto: Museu da Pessoa/Divulgação )



Não há como mensurar a riqueza de quem se propõe a transformar histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão entre pessoas e povos. É nisso que o Museu da Pessoa acredita. E como deixa bem claro: “Ouvir o outro muda o seu jeito de ver o mundo”. E ele se torna ainda melhor ao oferecer um programa educativo que ajuda pessoas, comunidades e organizações a serem produtores, guardiões e disseminadores de narrativas de vida. O programa oferece roteiros e métodos para professores usarem histórias de vida em sala de aula, montar suas próprias coleções de histórias ou lançar mão do acervo virtual do museu para produzir materiais pedagógicos. Abaixo, destacamos alguns trechos de depoimentos que vão fazer com que se queira mergulhar em mais histórias. E, quem sabe, contar a sua...






Trazia a imagem da São Paulo toda iluminada, banhada a ouro, aquela maravilha. Tudo limpo. Tudo encantador. O chão, para mim, devia ser um tapete. Saltei, era abril de 1976, na estação Júlio Prestes e vi tudo ao contrário: o que mais tinha era cachorro vira-lata e mendigo, aqueles prédios sujos, a fuligem louca. Mas bebi da água e continuo aqui, são mais de 30 anos”

. Sebastião Marinho, cantador repentista profissional desde 1968




Eu tinha, na verdade, um enorme gosto pelo estudo. Mas chegou, pra vocês terem uma ideia, eu entrei, fiz um exame chamado de admissão, e entrei no primeiro ano com 16 anos de idade. Quer dizer, exatamente quando colegas meus, de geração, estavam entrando na universidade. Ou na faculdade, naquela época. Quer dizer, fui um estudante que começou atrasado. Minha escolaridade foi uma escolaridade tardia. E você poderia então perguntar: “E você perdeu, então, muito tempo?”. Não, não perdi. Acho que você não vive perdendo tempo à toa. Não estava me escolarizando na escola, estava educando-me no mundo”

.  Paulo Freire, educador



Comecei no tênis muito cedo, o meu pai era fanático pelo esporte, por tudo em geral. O principal esporte dele era o basquete, mas ele se apaixonou pelo tênis já com uma certa idade, em torno dos 40 anos. Ele é o grande motivo de ter me tornado um jogador. Não existiria uma outra forma porque, no início da minha carreira, 82, 83, para dizer, não carreira, mas na minha história de fase bebê dentro da quadra de tênis, com cinco, seis anos. O meu pai ficou um apaixonado pelo tênis, nos incentivou a jogar o tempo inteiro e não tinha muito nexo essa situação. O meu primeiro jogo, obviamente, perdi, tinha seis anos. Joguei com um menino que tinha sete, oito anos. O pai vibrando ali, o outro pai do menino do outro lado”

. Gustavo Kuerten, ex-tenista e tricampeão do Grand Slan de Roland Garros, em Paris, França


Tinha muita vontade de brincar com boneca. Pegava sabugo de milho, enrolava um pedacinho, retalhinho de pano na cintura, e falava que era boneca: boneca deve ser assim. Depois via minha mãe mexendo, fazendo o barro, puxando o barro para fazer aquelas vasilhas. Aí eu falava assim: vou fazer uma bonequinha de barro para brincar. E com minha imaginação, fui fazendo experiência”

. Izabel Mendes da Cunha,
artesã mineira internacionalmente reconhecida como a famosa bonequeira do Vale do Jequitinhonha

 



“Na Copa de 1950, quando o
São Paulo tinha sede no Canindé, a Seleção do Uruguai ficou concentrada lá. E eles foram campeões. Depois de uns dias, mandaram um álbum e passagem para eu e meu marido irmos para o Uruguai, porque eles comeram na minha casa”

 

.  Catharina Pugliese Serroni,
cozinheira do São Paulo Futebol Clube por 43 anos. As refeições dos jogadores eram feitas na casa dos Serroni, na Rua Juruá, no Canindé

Fazia reunião com 200 homens e não via as mulheres, me incomodava de ficar sozinha no meio de tantos homens, e me perguntava: “Por que só eu? Onde estão as mulheres rurais?”

.  Vanete Almeida,
criadora da Rede de Mulheres Rurais
da América Latina e Caribe




O Milton já tinha desenvolvido a carreira dele, tinha ganho o Festival Internacional da Canção, com Travessia. Mas sempre que ele vinha a Belo Horizonte, perguntava: ‘Cadê o Lô?’. E a minha família falava: está lá na esquina tocando violão. Um belo dia ele apareceu lá e resolvi mostrar a música que estava fazendo. E ele acabou fazendo a música comigo, o Clube da Esquina nº 1”

. Lô Borges, cantor e compositor

 

 

 






Os seres humanos, independente da sua tribo, da sua cultura, compartilham uma memória, um grande rio onde águas de vários lugares, a água da chuva, a água dos igarapés, a água das nascentes, a água dele mesmo, dos lagos vai se integrando, vai rolando, vai fazendo fluxo. Esse
grande rio é a experiência
que a humanidade viveu até hoje. Esse rio de memória é tão poderoso que é o que permite que a gente se entenda nesse instante”

. Ailton Alves Lacerda Krenak, ambientalista e importante liderança indígena no país, nasceu em 1953 e cresceu às margens do Rio Doce




. Como criar uma narrativa

» Uma boa história é bem diferente de um bom relatório. História bem contada tem clima, tensão, ritmo, revelações. Tente não contar o fato de um jeito linear, previsível e sem emoção.

» Antes de contar a história, confirme se ela tem começo, meio e fim. Geralmente, o começo introduz o assunto; o meio desenvolve a história; e o final apresenta alguma conclusão.

» Perguntas descritivas e de movimento ajudam a contar uma história, por exemplo: Como era tal lugar? O que você fez depois que saiu de casa?

» Não esqueça de incluir tags (palavras-chave) relacionadas ao relato. (Ex: cartas, infância, namoro a distância, telegramas etc.).

» Você poderá adicionar fotos relacionadas à sua história e/ou vídeo. Fotos deverão ter no máximo 1MB e sua publicação é de responsabilidade do autor. Já o vídeo deverá ser inserido por meio de link do YouTube. Para isso, é necessário que seja feito um upload do vídeo no site www.youtube.com.

» Para enviar histórias você precisa estar cadastrado e logado no portal. Link: https://www.museudapessoa.net/pt/intro-conte-sua-historia


.As regras

Toda pessoa pode gravar sua história. Qualquer um pode enviar a sua história ou a de quem quiser registrar e colocá-la no portal do Museu da Pessoa. É gratuito e a pessoa se torna um colaborador:

» Precisa ser uma história, não um comentário, uma notícia

» Não pode prejudicar outros e nem ter cunhos racistas, homofóbicos e preconceituosos (mas a pessoa pode ser racista, homofóbica e contar sua história também)

» Tem que estar disposto a ceder a história para torná-la acessível ao público pelo museu (cessão de direitos autorais)

» A curadoria é feita por nós: verificamos se é, de fato, uma história da pessoa ou de algum personagem; olhamos se há uma qualidade mínima no relato, conectamos as histórias e criamos coleções temáticas


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