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Provocadora de mudanças

Para muitos, a simples menção de mudar causa calafrios. Para outros, é combustível para viver bem. Conheça histórias de promessas que não caíram no esquecimento nem foram adiadas


postado em 06/01/2019 05:06

Carem Cristina Fabris, com as filhas Luísa, de 4 anos, e Giovanna, de 2, gosta de experimentar novidades desde criança, como mudar de casa e de emprego (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )
Carem Cristina Fabris, com as filhas Luísa, de 4 anos, e Giovanna, de 2, gosta de experimentar novidades desde criança, como mudar de casa e de emprego (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )

 

 






Mãe de Luisa e Giovanna. Formada em computação, com mestrado em informática industrial e doutorado em administração. Mineira, do interior, mas com a infância vivida em Rondônia. Reservada, estudiosa, com faro para pesquisar e experimentar. Uma vontade: empreender; uma certeza: disposição para caminhar pra frente! Assim é Carem Cristina Fabris. Mesmo com tudo certo, encaixado, ela confessa que sempre vibrou com a mudança. Quando criança, ela se lembra de que ficava pedindo à mãe para mudar de casa, de cidade e, se não desse, pelo menos que mudassem os móveis da casa de lugar.

Desde então, Carem conta que houve muitas mudanças em sua vida, sem jamais deixar de acreditar que elas trariam melhorias, crescimento e mais conhecimento. “Eu as provocava, consciente e inconscientemente. Sempre fui sonhadora, desde criança. Sonhava com um mundo melhor e que iria, de alguma forma, contribuir com isso. Amava saber sobre o comportamento do cérebro, vibrava com descobertas científicas e sempre fui encantada por estudar assuntos referentes à intuição e criatividade. E sempre percebi que ficava ansiosa quando me sentia em desequilíbrio. Por isso, fiz cursos e leituras em torno da autodescoberta, espiritualidade e psicologia”.

Ou seja, Carem não tem medo de mudar, de desbravar. Ela sempre trabalhou e estudou muito, tanto assuntos relacionados à carreira quanto paralelos, “porque sonhava empreender e achava que tinha mais a contribuir neste mundo do que o que já estava fazendo”. Assim, ela revela um fato marcante e decisório para o que vive hoje. Ocorreu em seu aniversário de 2013. No dia anterior, uma amiga muito querida havia organizado uma pequena comemoração. Iriam à noite em um restaurante festejar. Porém, ela ficou até tarde trabalhando e essa amiga foi lhe buscar na empresa, pressionando-a para sair logo. “Enfim, no dia seguinte, fiz uma reflexão a respeito disso. Aquele episódio foi o gatilho para que eu percebesse como estava levando a vida de um jeito que não priorizava família, amigos e lazer. Naquele dia decidi mudar o rumo da minha vida.”

E foi o que Carem fez nos dois anos seguintes. “Casei-me, nasceu minha filha, Luisa, saí da multinacional em que trabalhava. Foi um turbilhão. A minha vida mudou demais. Estava satisfeita com o resultado geral, mas muita coisa me incomodava, porque não tinha aprendido a viver naquele novo estilo. No meio disso tudo busquei força para empreender e resolvi abrir uma madeireira com meu marido. Tínhamos uma plantação de eucalipto e, para mim, parecia o empreendimento mais favorável. Dediquei-me durante um ano a criar o projeto e a captar recursos. Quando estava tudo pronto para iniciar a obra, inclusive com o investimento já disponível, o setor de madeira com o qual iríamos trabalhar começou a ter prejuízo. Achamos prudente abortar o projeto. Logo em seguida nasceu minha segunda filha, a Giovanna. Dediquei-me exclusivamente a ela e à família nos primeiros meses da sua vida, mas não demorou muito e logo veio a voz da mudança e do (re) equilíbrio novamente, me chamando...”

Aí já era 2017. Carem, então, decidiu que faria novas mudanças. Dessa vez, apenas aquelas que ressoassem com os seus sonhos desde a infância. “Sonhos que me motivassem e permitissem viver em equilíbrio. Comecei a me dedicar a isso e fui seguindo apenas o meu coração. Sabia que precisava voltar a estudar, vivenciar e aplicar as técnicas de autodesenvolvimento, principalmente aquelas que eu conhecia, que era apaixonada e já praticava na minha vida. Foi aí que tive clareza do meu propósito de vida e de como viveria a partir de então. Foi um período intenso, de muitos estudos, dedicação, experimentação e fé. Tornei-me terapeuta, instrutora, e já estou com novos projetos que me enchem os olhos de alegria e vibram com o meu propósito de vida.”

DESAPEGAR

 Carem largou o cargo em uma multinacional para mergulhar numa jornada espiritual, de autoconhecimento, e certa da missão de “elevar a ‘consciência’ das pessoas, para que saiam do forno na hora certa.” A mudança foi positiva? “Valeu a pena. Todos os momentos de mudança que fiz valeram muito. Em 2018, sinto que adquiri leveza de viver, propósito, transcendência, descobri que meus anseios por mudanças eram para me trazer para este rumo que dei na minha vida. Digo rumo porque tenho certeza de que terei mais mudanças, mas agora aprendi a sentir o rumo dessas mudanças.”

Os possíveis obstáculos não a detiveram. Nem os desafios a assustaram. “E, no meu caso, foi o de me lançar em algo bem diferente da carreira profissional que havia construído (desapegar) e de fazer algo diferente do que “acreditava” que a minha família esperava de mim (medo da rejeição). Esses aspectos foram desafiadores. Busquei muitos apoios para transcender esses desafios. Vivi outros, como o medo diante das incertezas. Acredito que cada ser humano tem os “seus” desafios, já que somos únicos. E resultados inesperados são maravilhosos. Eles me mostraram que vale a pena confiar na vida e que o inesperado pode ser surpreendente.”

Além de um ser destemido, Carem encontrou apoio no marido, “que acreditou que poderia me lançar a essa nova carreira, as terapias às quais me submeti e o Energizar, um grupo de amigas que se juntam às quartas-feiras para ser amigas e praticar a sororidade. Além, claro, das minhas filhas, que vieram para me ajudar a aprender a amar.”


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