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Um por todos e todos por um

Projeto cria perucas divertidas e leva alegria a crianças que lutam contra o câncer. Em visitas do grupo a instituições, elas ganham o acessório, feito à mão e inspirado em personagens


postado em 02/12/2018 05:02

Acessórios são feitos com fios de lã e têm como tema os super-heróis preferidos pela criançada(foto: Fotos: Beto Novaes/EM/D.A Press )
Acessórios são feitos com fios de lã e têm como tema os super-heróis preferidos pela criançada (foto: Fotos: Beto Novaes/EM/D.A Press )

 







Não importa se o enredo diz respeito a contos de fadas com bruxas e dragões ou a duelos de super-heróis contra os mais perigosos vilões da galáxia: o final esperado é o feliz, a vitória do bem contra o mal.

Na vida real não é diferente. Muitas crianças lutam contra o câncer infantil. São pequenos e pequenas que ganham a força de gigantes e o apoio de muita gente interessada em ajudar. Aqui em BH, exemplo vem do projeto “Tetê, minha amiga princesa”, grupo coordenado por Luciana Waisberg em torno da confecção de perucas divertidas e outros acessórios lúdicos que são entregues aos mini-heróis e heroínas em tratamento, acolhidos em instituições de apoio, como a Casa Aura e a Fundação Sara, entre outras. A próxima visita para doação está agendada para terça-feira, a partir das 9h, no Hospital da Baleia.

Era uma vez…

Luciana conta que idealizou o projeto, de cunho voluntário e que já reúne um grupo grande, depois de ficar tocada ao assistir a um programa de TV. “Um dia, por acaso, assisti a um lindo vídeo sobre o trabalho de uma enfermeira do Alasca que havia feito uma peruca temática para a filha de uma amiga que estava em tratamento oncológico. Fiquei muito emocionada e levei a proposta ao grupo Eshet Chail, da Sinagoga Beit Chabad, que nos acolheu de prontidão e a quem agradeço de todo o coração.”

Fundado há pouco menos de seis meses, em julho, o projeto logo atraiu outras pessoas dispostas a ajudar. “Divulguei um flyer em busca de voluntárias e instituições de saúde interessadas nas doações. Em seguida, fiz a primeira compra de lã, já disposta a arcar com os custos, caso não conseguíssemos apoio e patrocínio. Mas, para nossa surpresa, muitas pessoas aderiram tanto por meio do voluntariado quanto com apoio financeiro. Esperávamos algo em torno de 10 pessoas, mas já somos 70 integrantes”, afirma a coordenadora.

Temática

O grupo se reúne semanalmente para a confecção das perucas e acessórios, na sede da sinagoga, em dois horários (pela manhã e à noite). Luciana e as voluntárias revelam que o modelo, em lã e pedrarias, é feito em temas lúdicos, que procuram resgatar “a infância que se perde na rotina do tratamento oncológico”, e explica: “Fazer um presente divertido implica devolver um pouco da infância àquela criança, trazer um pouco de alegria e afeto à sua rotina”.

Os que remetem a super-heróis e a princesas estão entre os modelos preferidos da garotada. “Acreditamos que o processo de tratamento oncológico na infância é uma grande luta. E sabemos que os super-heróis nunca ‘morrem’, são símbolo de força e perseverança e serão eternos em nossos corações, daí a inspiração.”

Desde a fundação pra cá, o grupo já criou dezenas de perucas divertidas, que foram distribuídas a crianças em tratamento em hospitais e em instituições de apoio aos pacientes. “Elas ficam muito felizes, radiantes. Muitas vezes, ganhamos abraços sinceros e espontâneos. E um detalhe muito especial e que nos deixa muito feliz é a alegria e a gratidão sincera estampadas no rosto de cada pai e de cada mãe que as acompanham. Não esperávamos por essa reação tão afetuosa e isso foi um grande presente que recebemos do projeto.”

Além de contribuir com uma causa social, Luciana conta que os encontros também são benéficos para as voluntárias. “As reuniões são muito divertidas, trabalhamos muito, mas com muita alegria. As mulheres trocam confidências, o rabino Nissim Katri sempre reserva um tempo para nos dizer belas palavras e nos lembrar de que uma boa ação feita com as próprias mãos é a maior boa ação que pode existir.”

Tramas de solidariedade

A coordenadora afirma, ainda, que todos são bem-vindos no grupo e que não é necessário “ser artista” para confeccionar o produto. “Começamos cortando os fios de lã que farão parte da peruca. Depois, juntamos esses fios em mechas e as costuramos em touca de crochê. Também usamos cola quente e fazemos um penteado em cada modelo. Para finalizar, escolhemos pedrarias e destacamos o tema do modelo”, detalha.

“As voluntárias participam muito, não só da confecção das perucas como também da direção artística. Produzimos uma diversidade enorme de tons e temas. No final do processo, percebemos que uma peruca passou por diversas mãos, o que acaba agregando um valor verdadeiramente coletivo ao trabalho.”

Finalizadas, as perucas divertidas são embaladas para presente e as instituições que abrem as portas para o projeto contatadas para receber as doações. “Estamos em contato com outras instituições, para beneficiar o maior número de crianças possível. E sempre em busca de novos integrantes: qualquer pessoa pode participar, ajudar financeiramente ou doar material. Basta entrar em contato conosco na Sinagoga do Beit Chabad (Rua Timbiras, 535, Bairro Funcionários), ou diretamente comigo, pelo (31) 98813-6006”, chama Luciana Waisberg.



"Acessórios são feitos com
fios de lã e têm como
tema os super-heróis
preferidos pela criançada"

. Luciana Waisberg,
coordenadora do projeto Tetê, minha amiga princesa

 





enquanto isso...
...Mais crianças vencem o câncer


Nos dias nacionais de Enfrentamento ao Câncer Infantil e de Combate ao Câncer, 23 e 27 de novembro, respectivamente, o Ministério da Saúde divulgou boas notícias: graças a ações de detecção e tratamento precoce da doença, houve queda na mortalidade. Entre os menores de 1 ano, o número de mortes diminuiu 27,8% (resultado que contempla os últimos 10 anos, intervalo entre 2006 e 2016).
Também o número de óbitos de crianças de até 14 anos caiu 13,4% entre os anos de 2006 e 2016, e o de crianças de 1 a 4 anos apresentou queda de 9%. “Além da detecção e do tratamento precoce do câncer, houve importante mudança de tecnologia no tratamento da doença, muitos procedimentos cirúrgicos desnecessários foram reduzidos”, destaca Fatima Marinho, diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde do
Ministério da Saúde.


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