Um dos pilares para continuar vivendo bem mesmo depois da aposentadoria é o esforço cognitivo. Aprender algo novo, ainda que não exija muito, auxilia no desenvolvimento cerebral. Ceres Cerceira, de 67 anos, buscou desafios maiores. Depois de se aposentar como servidora pública, ela se dedicou a outras atividades, como a arte, e resolveu prestar vestibular para direito no Centro Universitário Uniceub.
“As pessoas me questionaram muito no começo, me perguntando se enlouqueci. Tinha a vida muito tranquila e tempo livre para atividades de lazer. Quando resolvi abdicar de tudo isso, acharam que não duraria”, conta.
Mas, ao contrário do que esperavam, Ceres foi muito bem acolhida no ambiente estudantil. Agora, no quarto ano do curso, sente que fez a escolha certa. “Passamos a lidar com muitos jovens e isso faz com que a gente se renove e se sinta viva de forma intensa”, completa.
A convivência entre gerações é essencial para ambos os lados.
PREPARO
Para Marina Barrichello, envelhecer é como se preparar para uma viagem. “Quando sabemos que vamos para uma jornada com mais dificuldades, nós nos antecipamos melhor. Levamos protetor solar, cuidamos do que vamos comer... Isso deve ser priorizado no processo de envelhecimento. Acompanhar essas mudanças de perto desde jovem é essencial para amadurecer de forma saudável”, acredita.
Lidar com carga horária de estudos pesada também é um aprendizado, segundo a aposentada.