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Médicos alertam sobre a necessidade de incluir o urologista na lista do checape anual que todo homem deve fazer. Tratamento está avançado e a cura é de 90% com diagnóstico inicial


postado em 04/11/2018 05:06

O urologista Francisco Bretas, coordenador do serviço de urologia da Rede Mater Dei de Saúde, diz que ainda existe certa resistência em fazer o exame, fruto da desinformação(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )
O urologista Francisco Bretas, coordenador do serviço de urologia da Rede Mater Dei de Saúde, diz que ainda existe certa resistência em fazer o exame, fruto da desinformação (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )

 

 






Todo homem acima dos 50 anos deve fazer o exame prostático anual. A indicação é da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), segundo o urologista Francisco F. Horta Bretas, coordenador do serviço de urologia da Rede Mater Dei de Saúde. “O câncer de pulmão é o tumor que mais mata no homem, o segundo é o de próstata”, alerta.



Pela gravidade do problema, Francisco Bretas destaca a importância de campanhas como a do Novembro Azul, para informar a população. “Acredito que o nível de conhecimento e alerta sobre a doença seja maior nas cidades de médio e grande portes, que têm mais facilidade de acesso a informações, maior acesso aos especialistas e, por causa disso, eles procuram realizar exames periódicos. Se considerarmos, no entanto, todas as regiões do Brasil, incluindo as zonas rurais e pequenas comunidades, infelizmente, não enxergo a mesma preocupação presente em toda a população. Ainda existe certa resistência, fruto, em maior parte, do preconceito e da desinformação.” Mas o médico ressalta que a campanha, por ser mundial, é muito importante ser bem conduzida no país, já que o câncer de próstata é o segundo em letalidade e o mais comum no homem.

Francisco Bretas destaca que a Rede Mater Dei de Saúde também estará engajada na luta contra essa doença. “Como é uma campanha encabeçada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), realizam-se mutirões no país, e nós, do Mater Dei, vamos, em um fim de semana, examinar os pacientes que nos procurarem, numa ação que temos repetido ao longo dos anos (a data ainda será anunciada).”

Além dos exames mais comuns utilizados no diagnóstico, como o PSA (exame de sangue) e toque retal (exame físico da próstata), Francisco Bretas chama a atenção para a ressonância multiparamétrica da próstata. “É um exame moderno. Com ele, podemos identificar mesmo os tumores não palpáveis. É uma ressonância diferenciada. Ainda não está disponível no SUS, mas é coberta por todos os planos de saúde.” Ele destaca também a existência de painéis de marcadores biomoleculares para câncer de próstata, indicados para pessoas com parentes próximos que tenham tido a doença (exame parecido foi feito pela atriz Angelina Jolie, específico para o câncer de mama, quando ela descobriu alta probabilidade de vir a desenvolver a doença e optou por realizar a remoção das mamas).

O urologista avisa: “Não há como prevenir o câncer de próstata, mas sim fazer o diagnóstico precoce”. Daí ser fundamental acompanhar sua saúde como um todo, ainda que o corpo não dê sinais de algo errado. Francisco Bretas lembra que, com o envelhecimento da população brasileira, o número de casos tende a aumentar: “O câncer de próstata, em geral, acomete homens acima dos 50 anos. Com o brasileiro vivendo mais, e com métodos de diagnóstico mais apropriados, resultado dos avanços tecnológicos, é compreensível o aumento da curva de prevalência”, diz.

CURA

O câncer de próstata tem alto índice de cura, principalmente se descoberto na fase inicial. Francisco Bretas enfatiza três fatores principais que propiciam a cura: “As chances serão maiores se o PSA for abaixo de 10, se o tumor não tiver células muito agressivas e, por último, se a lesão estiver restrita à cápsula de próstata (confinada dentro da glândula). Com esse quadro, o paciente tem grande possibilidade de cura. Esses três fatores, em geral, ocorrem em quem faz o controle prostático regular.”

O urologista lembra, ainda, que o tratamento curativo é feito apenas para homens que tenham acima de 10 anos de perspectiva de vida. Nos casos de tumor localizado, pode ser feita a cirurgia convencional, a laparoscópica ou a robótica, que tem recuperação mais rápida. Quando realizada por um cirurgião bem treinado, o médico destaca, haverá pequeno risco de incontinência urinária e disfunção erétil. “Além da cirurgia, a radioterapia também pode ser utilizada nos casos iniciais. Nos casos mais avançados, com metástases, realiza-se, em geral, o bloqueio hormonal, e existem hoje medicações modernas, chamados bloqueadores hormonais de terceira geração, disponíveis e aprovados no país, com excelentes resultados.” Francisco Bretas ressalta que “os homens acima de 80 anos, que tenham características favoráveis da próstata (PSA e toque retal normais, sem sintomas), talvez não precisassem mais fazer o controle prostático.”\

Cirurgia robótica


Para o urologista Arnaldo Fazoli, do Conselho Científico do Instituto Oncoguia e do Grupo de Próstata do Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), o melhor tratamento na fase inicial da doença, quando ela ainda está localizada, é a cirurgia de prostatectomia radical, em que a próstata é totalmente removida e pode ser feita via robótica. Outra alternativa é a radioterapia. “A cirurgia robótica está na rede privada e, com algumas exceções, no sistema público. No Icesp temos o Da Vinci (robô), mas, por ser de custo elevado por procedimento, ainda está em fase de estudo a viabilidade no serviço público de saúde. Com o robô, participo de mais de cinco cirurgias por semana no serviço privado.”

Além da carga preconceituosa, Arnaldo Fazoli conta que o homem também lida com possíveis efeitos colaterais causados pelo tratamento. “Como a próstata fica próxima a órgãos nobres, estes podem ser lesados. Então, há dois riscos principais: incontinência urinária e impotência sexual. Com a cirurgia robótica, praticamente foi eliminada a incontinência. Já a impotência depende do quadro de saúde do paciente e do grau de estágio do câncer.”

RASTREAMENTO 

Vale registrar que a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda a consulta com o urologista para definir individualmente o rastreamento do câncer de próstata, tendo em vista que o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) não o recomendam. Arnaldo Fazoli explica que a orientação é “porque o câncer de próstata tem comportamento diferente quanto ao grau de agressividade do tumor. Tem o indolente, com crescimento lento e pouco agressivo, quando o paciente não precisa ser operado, só acompanhado. E o mais agressivo, que dá metástase nos ossos, insuficiência renal e torna a vida muito ruim. Se for o indolente, fazemos um tratamento de vigilância ativa, ou seja, acompanhamos a evolução do tumor. Mas lembrem-se de que não mapear não é não acompanhar”, avisa.


Exames investigativos
» Toque prostático: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo, protegido por uma luva lubrificada, no reto. Esse exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata e detectar algum nódulo
» PSA: exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata – antígeno prostático específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata
» Biópsia: para confirmar a doença é preciso fazer biópsia. Nesse exame são retirados pedaços muito pequenos da próstata, para serem analisados em laboratório. Ela é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal.

Fonte: American Cancer Society


Números de casos
» Brasil: estimam-se 68.220 casos novos de câncer de próstata para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens
» Sudeste: estimam-se 30.080 casos novos de câncer de próstata para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 69,83 casos novos a cada 100 mil homens
» Minas Gerais: estimam-se 6.730 casos novos de câncer de próstata para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 63,80 casos novos a cada 100 mil homens
» Belo Horizonte: estimam-se 980 casos novos de câncer de próstata para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 81,20 casos novos a cada 100 mil homens

Fonte: Inca




Consultas gratuitas
Com o objetivo de disponibilizar assistência médica e exames para diagnóstico precoce de câncer de mama e de próstata, para pessoas que não têm plano de saúde, a Rede Mater Dei de Saúde, por meio da campanha “Mater Dei na luta contra o câncer”, oferece 200 consultas oncológicas gratuitas. A ação ocorrerá no dia 25, das 8h às 17h, no Hospital Integrado do Câncer (HIC) Mater Dei, na Rua Uberaba, 900 – Belo Horizonte. Serão 100 consultas para mulheres com idade igual ou superior a 40 anos e 100 consultas para homens com idade igual ou superior a 50 anos. Em sua oitava edição, a campanha, que celebra o Dia Nacional de Combate ao Câncer, conta com a participação voluntária das equipes da mastologia, mamografia, oncologia, urologia, anatomia patológica e ultrassonografia, além das equipes de apoio da Rede. Os participantes poderão se consultar com especialistas do HIC, além de fazer, de forma gratuita, exames de diagnóstico do câncer. Serão disponibilizados exames básicos, sendo a mamografia para mulheres, e, para os homens, o PSA (antígeno prostático específico total e livre) e o exame clínico de toque retal. Caso seja necessário, os pacientes terão direito a consultas de retorno e realização de exames complementares, como ultrassonografia e biópsia para ambos os sexos. No dia da ação, também haverá o “Tira-dúvidas”, um bate-papo com os especialistas do hospital para que as pessoas possam esclarecer vários aspectos e mitos sobre o câncer.

Inscrições: podem ser feitas a partir de terça-feira (6), somente pelos telefones (31) 3339-9137 e (31) 3339-9129 (setor de comunicação e marketing da rede), das 8h às 18h. As vagas são limitadas e estarão abertas até se esgotarem. Para participar é imprescindível atender às exigências de idade e não ser usuário de convênio médico. Para a inscrição é necessário informar nome completo, data de nascimento, CPF, telefone de contato e endereço. Cada pessoa poderá fazer somente uma inscrição por ligação.

 

 


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