Estado de Minas 90 ANOS

Sempre em cartaz: a cobertura cultural do Estado de Minas

Em 90 anos, Minas fez - e faz - muito pela cultura brasileira. E o leitor do EM é testemunha dessa história


postado em 15/06/2018 07:00 / atualizado em 15/06/2018 07:59

Desde 7 de março de 1928, o Estado de Minas está presente na cena cultural brasileira – com reportagens e também como celeiro de talentos. Em 1930, um “furo” informava o leitor sobre o lançamento do primeiro livro de Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia. Foi uma das muitas revelações ao longo de nove décadas. Em 2012, outro “furo”: o jornal descobriu a identidade dos dois meninos da capa do icônico disco Clube da Esquina. E, em mais um exemplo de pioneirismo, dois anos mais tarde, o Brasil ficou conhecendo a verdadeira Hilda Furacão, a personagem-lenda do romance de Roberto Drummond que conquistou o país na minissérie escrita por Gloria Perez.

Nestas páginas, nomes de destaque da literatura brasileira dialogaram com o leitor. Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga, Cecília Meireles, Fernando Sabino, Affonso Romano de Sant’Anna, Eduardo Frieiro, Marina Colasanti, Ziraldo, Alcione Araújo e Rachel de Queiroz são alguns deles.

O EM, aliás, impulsionou a carreira literária de Fernanda Takai e Fernando Brant, até então conhecidos pela obra musical. E divulgou eventos emblemáticos como a Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, coordenada por seu então editor Affonso Ávila. Abrigou brilhante geração de críticos de cinema, liderados pelo jornalista Cyro Siqueira. Mais recentemente, acompanhou o surgimento do pop mineiro que conquistou o país, por meio das bandas Skank e Jota Quest. Destacou o pioneirismo da videoarte mineira, que tem no belo-horizontino Eder Santos referência internacional.

Neste século 21, o EM prossegue atento à nova cena. O cinema mineiro se reinventa, o artista plástico Paulo Nazareth surpreende bienais internacionais com obras inspiradas na periferia brasileira, enquanto companhias já “veteranas”, como os grupos Corpo e Galpão, enfrentam o desafio de sempre se renovar.

BH é celeiro de jovens autores, que a ressignificam – como eles próprios gostam de dizer – em grafites, raps, canções, performances, saraus poéticos e por meio da arte digital.
Em 90 anos, Minas Gerais fez – e faz – muito pela cultura brasileira. E o leitor do EM é testemunha dessa história.


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