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Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes acalmam os ânimos do mercado

Presidente diz que a palavra final sobre a política econômica brasileira é com o seu auxiliar mais próximo


postado em 28/04/2020 04:00 / atualizado em 27/04/2020 22:22

Bolsonaro concedeu entrevista ao lado de Paulo Guedes para mostrar que os dois estão alinhados(foto: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA/DIVULGAÇÃO)
Bolsonaro concedeu entrevista ao lado de Paulo Guedes para mostrar que os dois estão alinhados (foto: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA/DIVULGAÇÃO)

Na manhã de ontem, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, com os ministros Paulo Guedes (Economia), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura). A reunião do presidente com os ministros que compõem o núcleo técnico-econômico do governo foi um movimento calculado para acalmar os ânimos do mercado e desmentir os rumores de que Paulo Guedes e Tereza Cristina estariam planejando desembarcar do governo.
 
Essa oportunidade também serviu para inaugurar uma nova linha de ação em meio à pandemia, na qual Guedes terá mais protagonismo nas ações de reativação do crescimento econômico.Essa mudança de rumo pode resultar em alterações no plano Pró-Brasil, trazendo mais participação do setor produtivo, já que uma das principais críticas da equipe econômica é que as ações contidas no programa dependem substancialmente de recursos públicos. A grande dúvida é se esse novo posicionamento será mantido ou se o núcleo militar vai voltar a exercer influência preponderante nas ações econômicas de combate ao coronavírus.
 
Após a demissão do ministro da Justiça, Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro deve continuar o processo de aproximação com líderes do Centrão. Anteriormente, Bolsonaro já havia acenado para os partidos em tentativa de formar uma base para se contrapor ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ). Agora, a aproximação deve continuar, inclusive para tentar se proteger de um possível processo de impeachment no futuro.
 
Deputados têm afirmado que não veem o momento oportuno para discutir o afastamento do presidente, dado que seria um processo desgastante em um período que foco precisa ser o combate a pandemia. O fato é que nem Maia e nem o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP), se pronunciaram sobre a demissão de Moro, avaliando que isso apenas acirraria mais os ânimos do conflito com o Executivo.
 
Ocorre que em fevereiro de 2021 haverá a eleição para a sucessão de Maia na presidência da Câmara. Bolsonaro já entendeu que precisará trabalhar para que o nome escolhido não lhe seja algo parecido como o que foi Eduardo Cunha pra Dilma Rousseff.
 
Até por isso, em Brasília, as negociações de cargos correm soltas: se escuta que o Porto de Santos teria sido ofertado ao deputado Ciro Nogueira (Progressistas-PI) e a Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Ambos teriam declinado, mas continuam aberto a propostas.
 
Para partidos como o Partido da República (de Valdemar Costa Neto), Republicanos (ligado à Igreja Universal), Partido Social Democrático (de Gilberto Kassab), somados aos já citados, Solidariedade e Progressistas; a necessidade do presidente pode representar retorno a posições do executivo. Ou seja, pode ser uma boa oportunidade.
Por enquanto, as negociações continuam. O presidente busca manter seu esteio nos liberais, que o acompanha desde a campanha. Mas agora tenta agregar ao seu entorno políticos experientes de partidos de centro, que até bem pouco tempo desprezava.

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