Jornal Estado de Minas

PSICOLOGIA POSITIVA

Comida, cérebro e desinflamação

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Quero trazer um alerta como médica psiquiatra – o que comemos interfere na saúde de nosso cérebro. Qual a relação dos alimentos com a saúde de nossa mente?

Existem alimentos que podem manter foco, clareza, mais memória, cognição e longevidade das células neuronais. Tudo depende do que ingerimos e de como nossa absorção digestiva está.



A nossa microbiota – micro-organismos que moram em nossos intestinos – pode interferir e muito e como damos preferência a determinados gostos (doce, amargo ou azedo) não pelo gosto em nossa boca, mas pelo que nosso cérebro é capaz de sintonizar.

Por que preferimos certos alimentos em relação a outros? Porque nosso cérebro dá preferência ao gosto doce, mas é o que mais nos inflama e forma uma microbiota ruim que nos causa gases e desconforto abdominal. Nos traz irritação, mal-estar e má nutrição, pois machuca nosso intestino e provoca inflamação, o que impossibilita de absorver adequadamente o que seria necessário para nutrir cérebro e corpo.

Existem três sinais maiores que combinam e guiam as nossas escolhas alimentares. Um deles vem da nossa barriga (estômago, intestino e outros órgãos da digestão). Eles trabalham de forma completamente subconsciente.





Nosso cérebro tem neurônios que podem dar os sinais de cada nutriente de alimentos que mastigamos e digerimos enquanto o fazemos, que sinalizam ao cérebro o que está sendo ingerido. E sabe exatamente os ingredientes que estamos comendo.

O terceiro é o sinal da CRENÇA – é aquilo que você busca e acredita que aquele alimento contém e o que você pensa que aquele alimento pode trazer mais saúde e energia ao seu corpo.

A boa notícia é você pode MUDAR O QUE VOCÊ come. E a maioria das pessoas está inflamada desde os intestinos e isso pode afetar memória, foco, energia de vida, libido, pode até estar em fadiga crônica ou mesmo deprimido.





Portanto, cuidar do que se alimenta e se desinflamar é uma questão médica e necessita de sua atenção. Passar a vida se enchendo de doces, carboidratos não poderá lhe dar vida longa, mas muitas doenças crônicas, inclusive Alzheimer.

Por isso, precisamos aprender a guiar nosso corpo a buscar alimentos que sejam melhores à nossa saúde integral.

Estudos neurocientíficos atuais apontam que podemos controlar nosso desejo por determinados tipos de alimentos. Assim melhora a perda de peso, a desinflamação geral do corpo, melhora do sono, da irritação, foco, memória e energia de vida.

Iniciar por comer pelo menos uma hora depois de acordar e pelo menos três horas antes de ir dormir. Manter horários permanentes para comer.

Precisamos acordar cedo e manter uma rotina e dormir cedo. Isso ajuda a desinflamar o corpo. A noite foi feita para dormir. E durante a noite há inúmeros trabalhos de desintoxicar o organismo e precisamos fazer ao dormir. Usar microbióticos para manter a saúde do intestino e vitamina D é importante. Ela é anti-inflamatória e melhora a imunidade.





Meditar consistentemente pode ajudar a diminuir seu estresse... meditar pode ser uma caminhada no parque, um passeio de bicicleta ou mesmo ficar quieto no seu quintal apreciando a natureza ou meditar.

Exercícios cardiovasculares pelo menos duas a três vezes na semana para sua saúde cardíaca que influencia direto sua saúde mental e seu cérebro.

Alimentos que ajudam a nutrição do nosso cérebro: comidas que têm mais gorduras. Nossos neurônios, para se comunicar, precisam estar íntegros e mantêm sua integridade se tem a camada de mielina protegida por gorduras essenciais. Não é comer pururuca e gorduras saturadas.

Ômega 3 EPA (3gramas/dia e DHA) é essencial à nossa alimentação. Muitas pesquisas mostram que suplementar com Ômega 3 EPA ajuda na depressão e na melhoria da cognição. 

Colina ajuda a proteger a demência – um guia para condução dos sinais elétricos do cérebro – o que melhora nosso foco e memórias. O ovo é um ótimo alimento neste quesito. 





Creatina –  ela deriva das carnes. Ela é responsável por aumentar – traz mais água para dentro dos músculos e melhora a nossa produção de energia de ATP nas células e produz mais energia para focar, memorizar e proteger nosso cérebro e músculos do corpo. Melhora a função do córtex pré-frontal aumentando motivação, energia e foco. Ingerir todas as frutas vermelhas como morangos, amoras, framboesas, pitangas, blueberry etc. São antioxidantes, reduzem danos de DNA e diminuem significativamente o declínio da função cerebral em pessoas idosas. 

Glutamina – um aminoácido que melhora o sistema imunológico e diminui a vontade de comer doces. 

E, claro, suplementação só com recomendação médica. E, claro, lembre-se de hidratar sempre para manter a saúde em dia.