Jornal Estado de Minas

MARKETING

É preciso que o marketing vá além das commodities para aprimorar resultados

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Os clientes sabem agora que têm muitas opções em quaisquer coisas que queiram comprar. Eles não dependem mais de uns poucos fornecedores, ou de apenas algumas formas de adquirir seus produtos. Há agora uma infinidade de empresas e modos de aquisições, entretanto, isto acaba por mediocrizar as ofertas. 





A maioria das empresas de porte médio e grande já utilizam os meios digitais para as suas táticas de marketing e prática de vendas. Elas disputam arduamente o mercado, e, por fim, oferecem coisas semelhantes, por meios similares, e preços sem variações instigantes. Um turbilhão de ofertas, tende a criar nos clientes uma frieza no relacionamento com as empresas. Eles dão naturalmente, menor importância a todas elas, porque, variam de fornecedores o tempo todo.   

Com a digitalização de processos os posicionamentos das empresas começaram a se assimilar e por fim deixaram de ser alternativas de compras, mas, modos similares de aquisição. O Professor Seth Godin leva esta questão para o campo da “mediocridade em marketing”, uma dura chamada de atenção das empresas atuais.

Organizações que trabalham com produtos semelhantes precisam estudar mais detalhadamente as expectativas de seus subsegmentos e adaptar os benefícios oferecidos àquilo o que seu público está buscando.

As organizações que quiserem se destacar e crescer no mercado devem buscar diferenciações para oferecer ao seu público-alvo, mas, algo que não seja de fácil cópia pelos vários competidores. Novos estudos do comportamento dos clientes podem dar esta resposta. É importante que a empresa crie uma promessa que faça as pessoas quererem fazer parte dela. Os clientes atualmente têm muitas opções de escolha, mas, eles buscam algo que mexa efetivamente com os seus sentimentos.





Os consumidores estão em busca de vantagens e benefícios. Eles não sabem exatamente quais são, mas, têm sentimentos, novos desejos em forte demanda. As empresas precisam estudar um público, ver seus sentimentos, expectativas, coisas que os fazem fixarem as suas preferências numa empresa específica, para atender a cada uma de suas vontades.

As pesquisas feitas me fizeram crer firmemente que ainda existem gaps no mercado, espaços, que precisam e podem ser preenchidos por organizações que queiram efetivamente atrair e manter clientes, por longo prazo. 

Cada vez mais é preciso fazer a diferença.  Arriscar a escolher caminhos que fujam da igualdade com outras empresas. Uma nova estratégia é deixar centenas de concorrentes lutarem entre si, e buscar um grupo menor de clientes, oferecendo a eles diferenciação e aproximação, algo que os deixe mais confiantes na empresa, e os leve a se desligarem, ou reduzir a sua atenção para as outras propostas medianas e formatos de compras que não lhes chamem mais a atenção.





Empresários sempre me perguntam nas palestras e treinamentos, o que as empresas podem fazer para se caracterizarem, para se tornarem verdadeiramente diferentes. O desafio está efetivamente em criar uma personalidade, está em sair da caixa confortável de uma empresa que cumpre o seu papel tradicional. É fundamental deixar de ser uma commodity e se tornar algo que os clientes vejam e sintam como especial e de que não queiram se afastar.

Sempre peço para os empresários refletirem se as suas empresas trabalham para serem “especiais” aos olhos dos clientes, se elas buscam atuar com um grupo diferenciado e selecionado de público, ou se elas atuam como mais uma, dentro de um conjunto de concorrentes que vivem lutando dentro de um “oceano vermelho”.

As empresas duram mais e se desenvolvem quando estudam os comportamentos, atuais e prováveis do seu mercado, e oferecem distinção e segurança nas suas decisões de compra. Ao fazerem isto, elas obtêm sucesso, porque conseguem se aproximar intensamente das pessoas, o tempo todo. Alcançar relacionamentos duradouros com o público-alvo nunca foi tão exigido para se chegar ao sucesso.  

O marketing muda o tempo todo. Estratégias e táticas recentemente implementadas já podem estar superadas por causa das mudanças do ambiente, consequência das inovações aceleradas. O que era novo, hoje pode ser antigo e  já não garante a sobrevivência e muito menos o desenvolvimento. 

Este tema me faz lembrar um pensamento de Friedrich Nietzsche: “...Depois que um vento me opôs resistência, velejo com todos os ventos”.