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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Chance de provar que o América vai com tudo nessa Libertadores

O destino nos entrega uma chance épica ao colocar o Coelho logo diante do Atlético na fase de grupos


29/03/2022 04:00



“Retrospecto negativo faz torcida rival cravar que Coelho entra com seis pontos a menos; mas o jogo só acaba quando termina, não é?”
Destino entrega chance épica ao América na Libertadores

É bem verdade que nos últimos anos é justificável a sensação de desânimo da torcida americana ao descobrir que iria pegar o Atlético na Libertadores. Do outro lado, permanece a total confiança de que seremos presas fáceis. E digo da torcida, não dos jogadores. Faz parte este folclore, e quem sou eu para impedir que eles nos vejam como um grande freguês.

Infelizmente, a história recente mostra que somos sim. Não há como discordar dos números, que são cavalares. Já são seis anos desde aquela final do Mineiro de 2016, com Mineirão lotado. Fizemos tão bonito ali que a fonte secou. Desde então, são 19 jogos, se não me engano, com 14 derrotas e cinco empates. Meu Deus, isso não existe!

Parece que nossa cota acabou por lá mesmo, mas estatísticas servem para ser quebradas. Tudo na vida tem uma razão de ser, principalmente em se tratando deste Coelho que está despontando no cenário nacional – e agora também no internacional. Eu insisto: a Libertadores é diferente, e o América não está para brincadeira.
 
 
jogo do América e Barcelona de Guayaquil
Classificação heroica contra o Barcelona de Guayaquil já mostrou que o Coelho conta com competência e sorte na Libertadores (foto: RODRIGO BUENDIA/AFP)
 
É verdade que não temos um plantel robusto, mas nosso time titular já mostrou ser combativo, aguerrido e está jogando com sangue nos olhos e coração na chuteira. E, então, o destino nos prega mais uma peça. Demorei para digerir quando vi o sorteio. Em conversa com amigos e jornalistas atleticanos, acabei sendo convencido de que não foi tão ruim assim.

A princípio, imaginei que já entraríamos com seis pontos a menos, como a torcida deles está dizendo, com certa razão. Depois, percebi que não é tão simples. Este time do América não vai entregar nada fácil. O peso não está conosco e podemos jogar com leveza. Iniciamos em casa, contra o Independiente del Valle, outro time do Equador e este jogo, sim, vai ser a nossa final.

Uma vitória aí, e pimba! Entraremos com tranquilidade no clássico, que terá mando deles. Difícil, mas não impossível. O que temos de lembrar é que, no Independência, precisamos fazer um caldeirão e não deixar ocorrer como foi no Campeonato Mineiro, quando a torcida adversária teve inúmeras facilidades para lotar e fazer pressão. É preciso que os jogadores (os nossos) se sintam de fato em casa. A diretoria e o marketing precisam entrar em campo!

Sobre o tabu, imagino mesmo que os deuses do futebol colocaram o Atlético na nossa frente por alguma razão. Mas algo me diz – e, geralmente, minha intuição tem funcionado – que desta vez não vamos pipocar. O palco está montado e a derrota a gente já tem, como diz o ditado. Vamos agora atrás da glória.

Nosso Coelhão gosta de jogos grandes e não costuma decepcionar quando a situação exige. Se todo mundo já tem certeza de que perderemos os clássicos, cabe aos jogadores honrarem o manto e provar que podemos mais. A história não é escrita com o que se especula antes das batalhas, mas com os feitos heroicos que ficam marcados por aqueles que não se conformaram em aceitar as previsões. Avante, Deca!

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