Jornal Estado de Minas

DA ARQUIBANCADA

América passa em teste e já tem cara de time de Libertadores

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Mais uma vez, os fatos não me deixam mentir. Aliás, esta coluna é a prova, em registro impresso e on-line, de mais uma feliz e acertada previsão. Foi no dia do nosso jogo histórico, já chamado de “A Batalha de Assunção”, que eu cravei aqui neste espaço, pela manhã, que o Coelho reverteria no Paraguai. Não deu outra.




Confesso que o desânimo abrupto depois que tomamos o segundo gol foi infinitamente maior do que a sensação de frustração após a derrota no Independência. Parecia tão impossível fazer três gols que até agora a ficha não caiu. E a verdade é que essas viradas custam a acontecer a nosso favor. E como custam.

Mas se agora estamos neste belo Dia Internacional da Mulher com direito a jogar mais uma batalha, desta vez contra o perigoso Barcelona do Equador, é porque fizemos milagre na quarta-feira passada. E, para jogar a Libertadores e avançar, jogos como este são imprescindíveis. Eles são, digamos, tudo que o torneio e os telespectadores e torcida desejam. Não a do adversário quando perde, claro.

A maior competição das Américas e uma das maiores do mundo é bastante diferente. Na Liberta, quando você supera uma adversidade dessas, você sai muito mais forte. Não existe essa história de “passou, mas não convenceu”. A única coisa que importa é seguir. Muitos times foram campeões justamente nos trancos e barrancos e provando a cada jogo poder de superação.



Hoje, estaremos em campo com um peso de 100 toneladas nas costas a menos. Garantimos vaga na Sul-Americana de forma honrosa, tiramos um bom “trocado” e o que vier é lucro. Aniquilamos o estigma de time fogo de palha e nos cravamos como grandes para todo o continente.

Arrisco a dizer que ganhar um jogo dessa forma costuma deixar cicatrizes (positivas) e marcas de uma guerra vencida – e como isto é muito mais relevante do que se tivéssemos tido uma vitória tranquila. É dessa maneira que se formam jogadores com cara de Libertadores, um time com o coração e alma desta competição tão peculiar.

A torcida precisa seguir o que fez de melhor, que é aplaudir e cantar os 90 minutos, reconhecendo a luta dos jogadores. Tenho certeza que toda aquela força passada após a derrota em BH, embora misturada com dor e frustração, foi decisiva para a virada que estava por vir no Paraguai.



Chegou então mais um dia na vida do americano e será o segundo da Libertadores em casa. É hora mais uma vez de apoiar, tirar o pijama e principalmente moderar na corneta. Como já disse, esta é, mais do que qualquer outra coisa, uma competição de nervos, de estratégia, de controle emocional, vibração e garra. É hora somente de apoiar.

Hoje, certamente, não é um dia normal, do momento em que acordarmos até quando o juiz apitar o final da partida. E o melhor de tudo é que vamos jogar leve e com confiança. Afinal, quem dúvida que possamos reverter resultados agora? Espero, de toda forma, que não tenhamos que passar por tanta emoção desta vez. Vamos de estádio cheio em busca de nossa primeira vitória em casa na Liberta? Eu confio. Acredita, América!