Uma das principais características da horda criminosa que tomou de assalto a paz social do Brasil ano passado é a valentia de grupo, do tipo que, cercada dos seus, transforma a vovózinha de bengala em agressora de repórter, como ocorrido na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, durante as manifestações de 1 de maio de 2022.
Aliás, majoritariamente formados pela terceira idade da classe média brasileira, os bandos que se instalaram às portas dos quartéis por todo o País mostraram claramente como funciona o tal efeito de manada, ou de rebanho. Individualmente incapazes de fazerem mal a uma mosca, agrupados os tiozões tornaram-se violentos agressores.
Um dos líderes dos golpistas em BH, um comerciante picareta que à Justiça se declara pobre, mas que trafega pelas ruas em carro importado, encontra-se foragido, provavelmente fora do Brasil, enquanto a Polícia Federal bate à sua porta a fim de cumprir um mandado de prisão preventiva pela participação e financiamento dos atos golpistas.
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Essa gente não merece misericórdia nem perdão. A um porque não teriam comigo e com quem os combateu caso lograssem êxito no golpe de Estado que tentaram. A dois porque o que fizeram foi de uma gravidade ímpar, singular. A três porque, quanto maior a exposição da punição, mais didático e pedagógico serão os efeitos.
Não que eu deseje o pior a estas pessoas, mas, de certa forma, elas representam amigos queridos que me fizeram muito mal pelo apoio ao golpista-mor (covardão de férias nos EUA), durante o ápice do transe coletivo a que assistimos. Como não as conheço - e meus amigos eu adoro -, a prisão e a dor delas (por transferência) me satisfaz. Feio isso, né?