Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Por que os cientistas políticos erram? Porque não entendem de sexo, ué

Erramos quando tentamos explicar a política por ela mesma. Isso porque acreditamos em uma espécie de glândula racional que irá orientar as decisões de cada sujeito, lavando-as com águas de razoabilidade.
 
Daí falamos em Economia, Estado Democrático de Direito, Humanidade, Liberdade, Justiça e outros tantos conceitos que nos dão certo gozo acadêmico. Afinal de contas, todo diagnóstico tem efeito libertador, haja vista a quantidade de mães e pais que gozam diante de diagnósticos com letrinhas variadas, dizendo a mesma coisa: "vocês devem dar conta do crescimento de um moleque normal, levado e ativo". Mas esse é outro assunto, para outro texto.





Basta reparar. Mesmo com meu pouco estudo, e sem nenhum instrumento estatístico, opino: todo discurso fascista é sustentado por um brocha falante. Sim... aquele tipo de sujeito que, por não conseguir trepar com ninguém, se esbalda fazendo “sexo oral” no megafone, gritando, vociferando e brigando com fantasmas de bonecas infláveis. Se o sexo for “grupal”, melhor ainda. Perceba o tesão deles, juntos, nas praças, vestindo a mesma cor de camisa. O elemento sexual está ali, pululando nas línguas enrijecidas sob o corpo desfalecente. 

Na mosca! Se, como preconizou Brecht, a cadela do fascismo está sempre no cio, os cachorros fascistas estão sempre com a sexualidade reprimida. Veja, perceba, observe: A pauta não é política, mas sexual. E se alguém põe a sexualidade à mesa é porque ela não se resolve na cama (ou no chão, no mato, na cachoeira, no carro, onde ela brotar...). Sexualizar a política e politizar a sexualidade, eis a meta dos conservadores. 

Os pastores nadam de braçada aí. Juntam jovens, castram suas virilidades e nivelam a todos pela brochidão de caráter. Sei não, mas jovem que pensa em transar só depois do casamento é um caso perdido. Acho que tudo isso foi maldição de Eros por termos acabado com as edições da Playboy. Agora, a molecada só quer saber do jornalzinho da Juventude Conservadora, colocando dois termos contraditórios na mesma frase. 




 
Os símbolos são ótimos: banheiro unissex, mamadeira de piroca, medo dos múltiplos gêneros, livro infantil (cheio de visualizações penianas) etc. Eles simplesmente vivem em uma espécie de Sodoma e Gomorra mental. Basta se unirem para dar vazão política às frustrações sexuais. 

O homem é, sem dúvida, um ser político. Mas, antes de tudo, é um ser que trepa! E quando a trepada não é boa, a velharia fascista e a juventude conservadora vão tentar arrumar um jeito de foder um país inteiro.

**Texto escrito por um querido amigo, meu ídolo, “esquerdopata” até não poder mais, porém do tipo culto, inteligente, brilhante! Concordo ipsis litteris com o que escreveu? Não, mas o suficiente para publicar em meu nome, já que ele não pode se expor, porque é professor dos filhos dos, como é mesmo?, "brochas de megafone", hehe. Em tempo: por onde anda o imbrochável de araque, hein?