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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Bolso Sigilos: honestidade se assume, corrupção se esconde; por 100 anos

Bolsonaro não quer saber de publicidade em torno de seus atos como presidente da República


16/04/2022 06:51

Bolsonaro
(foto: FILIPE ARAUJO / AFP)


O que leva um governante probo a decretar sigilo sobre seus gastos corporativos, suas reuniões de trabalho, as visitas que recebe e até mesmo seu cartão de vacinas, senão o temor? Sim, porque quando a notícia é boa, a prática alvissareira, os bons modos e costumes à vista, não se esconde nada. Ao contrário. Publica-se e divulga-se tudo.

Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, vive dizendo, a despeito dos fatos diários, que não há corrupção em seu governo. É mesmo? Propina em forma de bíblia e barra de ouro; vacinas e ônibus escolar superfaturados; compras de picanha, cerveja, chicletes e leite condensado acima do preço, e emendas e verbas secretas insistem em lhe contrariar.

Igualmente, o amigão do Queiroz repete todos os dias: ‘acabou a mamata; comigo não há desperdício de dinheiro público’. Bem, nesse caso, o que são 35 mil comprimidos de Viagra e próteses penianas para os ’meia-bomba’ do Exército; motociatas homicidas; férias e ano novo em praias e parques; viagens a Dubai e Nova York, tudo custeado com nossa grana?

devoto da cloroquina também reputa-se uma honorabilidade que não tem e nem jamais teve. Useiro e vezeiro na contratação de funcionários fantasmas; no ‘rachid’ de salários dos mesmos; no conluio e condecoração de assassinos de aluguel; na idolatria de torturadores, tudo o que o atual presidente da República não pode adjudicar é certificado de idoneidade.

Aliás, a situação é recorrente em sua família. Os filhos vivem às voltas com a Justiça, em questões que envolvem peculato, tráfico de influência, formação de quadrilha, divulgação de notícias falsas, improbidade, calúnia, difamação, incitação à violência, racismo, homofobia e outros, ao menos em tese, delitos cometidos, com ou sem mandato parlamentar.

Os dois últimos sigilos impostos pelo maridão da ‘Micheque’ (apelido da primeira-dama pelos 90 mil reais em cheques descobertos em sua conta, depositados por um casal de milicianos) foi sobre seus prováveis 35 encontros com pastores corruptos e as visitas de seus pimpolhos, dentre eles o acusado por tráfico de influência, ao Palácio do Planalto.

Jair Bolsonaro, o maníaco do tratamento precoce, quer que a sociedade brasileira apenas saiba o que ele fez - e faz! - nos verões passados, daqui a 100 anos, vejam só. Deve ser modéstia! Não quer saber de elogios e congratulações por tantos bem-feitos à sociedade e ao País. Assim, só permitirá que saibamos de tudo através dos nossos netos e bisnetos.  

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