Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

CAM x CSA: superclássico de Minas movimenta as ruas de Belo Horizonte

Não sou de perder jogo do Galo. Muito menos contra o ex-CEC (Cruzeiro Esporte Clube). Mas a porcaria da pandemia - sim, isso ainda existe! - e essa guerra horrorosa na Ucrânia me tiraram completamente o ânimo.

Se o jogo fosse contra o América, nosso maior rival regional na atualidade, talvez eu me animasse. Sabem como é, né? Confronto de Série A costuma ser mais divertido. Além do mais, serviria como amistoso de Libertadores.





Durante os anos 1980, o Atlético guardava uma distância (superior) gigantesca em relação ao Cruzeiro. De um lado, tínhamos Cerezo, Éder e Reinaldo. Do outro, Tobi, Bendelak e Mariano. Atualmente, o cenário é bem parecido.

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O Galo, graças aos messiânicos 4 Rs e aos gigantes Sergio Coelho e José Murilo Procópio, respectivamente presidente e vice-presidente, vive uma fase inédita de glórias e esplendor, jamais imaginada pelos fanáticos torcedores.

Aliás, eis o verdadeiro motivo para os ataques sub-reptícios de ex-dirigentes fisiologistas e perdulários, que arruinaram os cofres do Clube, e seus arautos a soldo. A inveja, como lembravam os antigos adesivos, 'é uma merda'.  

Já o CSA-MG continua às voltas com cadáveres, escombros e fantasmas, deixados pelas administrações criminosas anteriores, que, cheios de vaidade, trocaram a própria existência do Clube por um punhado de troféus de latão. 





Aliás, a vaidade, decantada em verso e prosa no hino do ex-CEC, segue dando as cartas no CSA. Ronaldo Fenômeno, apelidado de Ronaldo Gordão pela torcida, novamente lançou uma camisa com seu nome e ex-número (9).

Não tenho a menor ideia de quem seja o camisa nove do time, mas sei que não é o ex-craque mundial. Melhor faria, na minha modesta opinião, o promissário comprador do Clube, se homenageasse o atleta atual.

Brincadeiras à parte, espero que seja um jogo legal e bem disputado. Espero, sobretudo, que os torcedores e atletas se comportem bem. Neste sentido, merece aplausos o almoço entre as diretorias antes da partida.

O futebol, ainda que o profissional, que envolve muito dinheiro, é antes de tudo um esporte. E como tal deve servir como entretenimento. Brigas e atentados não podem ter espaço em um ambiente desportivo, movido por paixão.

Divirtam-se todos; esqueçam por duas horas as angústias do mundo; vão e retornem às suas casas bem e em paz, independentemente do resultado; e se não for pedir demais, por favor, respeitem as mulheres e crianças, ok?