Kassio Nunes Marques, ministro do STF indicado por Jair Bolsonaro para a vaga deixada por Celso de Mello, uniu-se a Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, como já era esperado, e desferiu duro golpe na Lava-Jato, prenunciando o que virá pela frente após a conversão do presidente da República ao chamado “anti-lavajatismo”.
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A justificativa dos ministros “soltões” é que o caso não atinge a União, sendo, portanto, afeto à Justiça fluminense, e não a federal. Pior que a decisão, em si, é o possível precedente que pode abrir, fazendo com que outros acusados utilizem o mesmo argumento e peçam o relaxamento de suas prisões.
Até poucos meses atrás, militantes bolsonaristas investiam ferozmente contra o Supremo a cada decisão de soltura dos corruptos de esquerda (Lula, Zé Dirceu etc). Veremos como se comportarão, agora que o “fiel da balança” é um ministro nomeado pelo “mito”. Ao que tudo indica, Flávio Bolsonaro poderá dormir em paz.