(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas Comportamento

Aonde chegaremos?


04/07/2021 04:00 - atualizado 01/07/2021 18:04

Sempre que assisto a um filme ou a um documentário sobre guerras e conflitos que movimentam um grande número de soldados, fico pensando na insanidade que é matar ou investir violentamente contra alguém a que não se tenha a mínima noção de quem seja. Para matar e perseguir, basta que o outro esteja do outro lado, o inimigo, e uma boa dose de ódio engasgado querendo vazar. Combinação mais explosiva não há.

Quantos, em outras circunstâncias, poderiam ter sido amigos, ou bem menos comprometedor que isso, ter apenas jogado futebol na mesma pedala, se cumprimentado caso se cruzassem na rua numa noite de Natal ou simplesmente ajudado a juntar as compras que se derramaram por causa de um rasgo na sacola de plástico?

Mas há algo muito maior que essa visão romântica, bem sei. Em jogo está a estabilidade ou soberania de uma nação, grupo étnico ou religioso, assim como o desejo de domínio, entre tantas outras justificativas que alimentam a brutalidade humana.

Estou falando de pessoas ditas normais, não considerando psicopatas com problemas psiquiátricos capazes de matar a própria mãe por nada. Em todos nós há um certo ódio irracional que toma conta da gente individualmente e nos coloca em pequenas e momentâneas guerras cotidianas, todas injustificáveis, por mais que encontremos razões que as justifiquem.

Um de nossos maiores campos de batalha tem sido o trânsito, que a cada dia parece mais insano. Há os que matam após levar uma simples fechada, enquanto a maioria de nós apenas deseja fazê-lo e prossegue ruminando uma raiva danada daquele carro branco que insistimos em perseguir xingando e buzinando atrás, mesmo que para isso seja necessário desviar da rota planejada anteriormente.

Somos facilmente irritáveis. É o garçom que custa a nos atender, o caixa de supermercado aprendiz que além de lerdo precisa consultar o código de cada produto sem barras, o sujeito que coloca balas no retrovisor do carro e não consegue correr o suficiente para recolher tudo de volta enquanto o sinal não abre. Haja paciência, dizemos.

E quando nossa luta é contra objetos inanimados ou animados pela tecnologia e como tais incapazes de ter desejo próprio? É o elevador que não chega, o corretor ortográfico que troca alhos por bugalhos, o pneu que fura, o lápis que quebra a ponta. Aonde queremos e iremos chegar? Ao que vivemos agora e ao futuro que estamos, a duras e penosas penas, construindo

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)