(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas FORA DA CAIXA

Bancos locais levam soluções para suas comunidades

Incentivos fiscais precisam ser concedidos aos bancos que sejam de propriedade de residentes da própria região e que emprestem mais de 80% de seus fundos localmente


postado em 07/09/2019 06:00 / atualizado em 10/09/2019 15:31

A importância do sistema bancário de varejo local deve ser restabelecida. Os incentivos fiscais precisam ser concedidos aos bancos que sejam de propriedade de residentes da própria região e que emprestem mais de 80% de seus fundos localmente. Essas são algumas das recomendações ao G20, grupo das 9 maiores economias do mundo mais a União Europeia, destacadas por Ross Jackson, cofundador do Gaia Trust, na Dinamarca, que por muitos anos foi consultor de gestão, especializado na área de finanças internacionais, investimentos, teoria de portfólio e mercados de moedas. Em sua lista de clientes estavam muitos dos bancos que atravessaram a crise financeira de 2008.

Em Minas Gerais, vale destacar o trabalho que vem sendo feito pelo Social Bank, em Uberlândia (Triângulo Mineiro), criado em 2017 para ser “um banco mais humano, pautado na desintermediação”. Um de seus produtos é o Social Cash, uma plataforma que conecta as pessoas físicas que precisam de dinheiro, de R$ 250 a R$ 10 mil, com aquelas que querem emprestar (Sociedade de Empréstimos para Pessoas, SPE). O tomador do crédito decide sobre a taxa de juros (até 2% ao mês) e como pode pagar (até 12 vezes). O próximo passo é que o pagamento possa ser feito por meio de serviços ou produtos. Seria o escambo da era digital?
 
“Para que seja um negócio sustentável acreditamos no fortalecimento de uma comunidade, em construir um ecossistema onde possamos restabelecer a relação de confiança entre as pessoas e o dinheiro possa circular”, afirmou Alisson Idaló, diretor de Estratégia e produtos do banco. “O Social Bank está sendo construído por pessoas que acreditam em pessoas: é uma ressignificação de valores.” Hoje, são cerca de 200 mil clientes totais, sendo 2,5 mil usuários da Social Coin, que já movimentou em torno de R$ 2 milhões. 
 
Para “lucrar”, o Social Bank oferece outros serviços, sejam voltados para o consumidor ou para empresas, como contas digitais e cartões de crédito e débito. O Social Connect, por exemplo, permite a criação de uma conta conjunta sem burocracia: o cliente convida alguém para compartilhar sua conta principal e os saldos das duas contas são somados. Assim, quando um precisa o outro completa. 

Uberlândia é uma espécie de “laboratório”, a expectativa é chegar, até o fim de 2020, em 120 cidades já mapeadas – de pequenas a grandes, mas desde que já tenham um ecossistema de inovação já desenvolvido ou em desenvolvimento. 

“A nossa inspiração vem de fora, do boom das criptomoedas pelo mundo, de referências que encontramos em lugares como China, Finlândia e Estônia”, disse Idaló. O Social Bank tem a Social Coin, uma das primeiras moedas sociais brasileiras, com base em blockchain e lastreada em bens de consumo: energia fotovoltaica e combustíveis. “A ideia é que seja a moeda do ecossistema que estamos formando, assim poderemos instalar uma microeconomia.”

(foto: Arquivo pessoal)
(foto: Arquivo pessoal)


“O ambiente de inovação em Minas Gerais é extremamente vibrante, com diversos clientes, como Banco Inter, Vallourec e FCA. E não para de crescer. Há cerca de um mês, reunimos 250 pessoas para falar de startups. Desta vez, temos cerca de 500 profissionais reunidos para falar de aplicações corporativas. Isso mostra a força dessa comunidade de BH e região.”

Cleber Morais, diretor-geral da Amazon Web Services, durante a AWS Cloud Experience Belo Horizonte 

Fintechs são as mais desejadas


As empresas que oferecem inovações na área de serviços financeiros, as chamadas fintechs, lideraram novamente o ranking das startups mais desejadas pelo brasileiro para se trabalhar. A lista LinkedIn Top Startups 2019 é elaborada pelo LinkedIn, maior rede social profissional do mundo. Composta por 25 nomes, os primeiros são: os bancos Nubank e C6 Bank, a empresa de vendas de imóveis e reformas Loft, o banco Neon, e a locadora de imóveis Quinto andar. A mineira MaxMilhas aparece pela segunda vez na lista, em 22º lugar. 


“A lista do LinkedIn Top Startups 2019 deste ano traz uma diversificação nos segmentos, o que mostra que as startups vivem um bom momento no Brasil e estão conseguindo  atrair os melhores talentos. É a prova de que setores considerados ‘tradicionais’ podem ser revolucionados.”

Rafael Kato, editor-chefe do LinkedIn para a América Latina#

Agenda


» A pequena Santa Rita do Sapucaí (Sul de Minas), no batizado Vale da Eletrônica, é tomada (desde quinta até domigo) pelo Hackathown – são mais de 600 palestras, showcases e workshops simultaneamente, em um festival de inovação e criatividade promovido para impactar as pessoas. As principais empresas e nomes do empreendedorismo digital de todo o país se reúnem tradicionalmente ali, todos os anos, em 7 de setembro.  

» Pela segunda vez na capital mineira, o Fórum de Investimento e Negócios de Impacto (FINI) promove encontros e debates para incentivar empreendimentos que resolvem problemas socioambientais no mundo. Será no dia 18, no Teatro Professor Ney Soares (Rua Diamantina, 463, Lagoinha). Inscrições no site Sympla.
 
 
 
 
 
 

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)