Jornal Estado de Minas

O FATO EM FOCO

Violência contra a mulher: dormindo com o inimigo

 

violência doméstica é a maior causa de morte entre mulheres de 16 a 44 anos. Ela mata mais que o câncer e que os acidentes de trânsito, segundo a delegada da Polícia Civil Nicole Perim. 



Esse panorama trem números alarmantes. Dados divulgados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos apontam que, somente em 2020, foram feitas 105.821 denúncias de violência contra a mulher no Brasil.

Segundo o Ministério, esse número representa 30% de todas as denúncias realizadas pelo Disque 100 e 180, o que reflete uma realidade assutadora: uma denúncia a cada cinco minutos.

Entre os meses de março e agosto do ano passado, foi registrado um feminicídio a cada nove horas, com uma média de três mortes por dia. Os dados pertencem ao monitoramento “Um Vírus, Duas Guerras”, feito em parceria por sete veículos de jornalismo independente, que busca acompanhar a evolução da violência contra a mulher durante a pandemia. De acordo com o levantamento, 497 mulheres foram mortas em 2020. Em Minas, segundo a Polícia Civil,  foram 149 feminicídios em 2020. Em 2019 o número foi um pouco menor, mas ainda assim, muito alto: 144. 

A violência contra a mulher é o tema de uma série de entrevistas que serão trazidas na nossa coluna. O objetivo é aprofundar a discussão sobre o tema, refletir sobre as leis e a aplicação delas. Além da punição, será que podemos evitar que sejamos nós, mulheres, vítimas de amores assassinos? A velha história de dormir com o inimigo ainda é muito atual. Seja ele um namorado, um amigo íntimo, um marido ou um inconformado com o fim de um romance por exemplo.

Acompanhe nossa série. 



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