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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Exportação mineira de frutas em 2021 bate recorde de 24 anos

Limão, mamão e abacate ficaram no carro-chefe das vendas externas, que somaram 1,4 mil toneladas e receita de US$ 17,4 milhões


04/02/2022 04:00 - atualizado 04/02/2022 07:32

Cultura de limão em Janaúba, no Norte de Minas Gerais
Principal fruta exportada por Minas em 2021, limão é produzido em 4,7 mil hectares no estado (foto: Abanorte/Divulgação - 30/5/19 )


Nem café, nem cana-de-açúcar, soja ou milho. Revelação especial dos resultados da agricultura em Minas Gerais no ano passado, as frutas é que esbanjaram em potencial exportador. No carro-chefe das vendas externas ficaram limão, mamão e abacate, seguidos de conservas e purês, sucos de maracujá, pêssego, uva, maçã e abacaxi. Macadâmia e castanha-do-pará também participaram com bom desempenho do comércio do estado com o exterior.
 
O embarque de 1,4 mil toneladas de frutas, derivados, sucos, nozes e castanhas permitiu a Minas apurar US$ 17,4 milhões em 2021. A receita bateu o recorde de toda a série histórica de dados analisada, desde 1997, pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). As vendas de limões e conservas foram as principais responsáveis pela melhor performance já observada em 24 anos, apesar dos efeitos da pandemia de COVID-19 sobre a economia e da falta de estímulo dirigido à cultura no país.
 
Na comparação com 2020, houve aumento de 62% em valor e 57% em volume. Os derivados de frutas, exceto nozes e castanhas, contribuíram com metade das exportações. Outros 38% corresponderam às vendas externas de frutas; 7%, sucos, e 5% de nozes e castanhas. Com diversificação de destinos no exterior, outro feito desses produtos foi conquistar fatias importantes de consumo nos Estados Unidos (22%), Holanda (20%), Austrália (15%), Espanha (12%) e Reino Unido (8%). Ao todo, 43 países importaram frutas cultivadas e/ou processadas no estado.
Embora representem ainda modesta participação no total das exportações de Minas Gerais, de US$ 38,180 bilhões no ano passado, a performance das frutas mineiras e seus derivados no comércio internacional fez inveja ao crescimento geral do comércio do estado com o exterior, de 13,7%. Minas ficou na segunda posição entre os estados exportadores e no 6º lugar do ranking das importações brasileiras.
 
O mercado externo proporciona, sem dúvida, alternativa de negócio promissora e essencial, tendo em vista a queda de renda dos brasileiros. Em Minas e no Brasil, que também marcou recorde nas vendas externas de frutas, clima favorável à produtividade e a qualidade de várias culturas foram decisivas para que o setor aproveitasse o momento favorável da demanda internacional. A exportação brasileira ultrapassou a marca de 1 milhão de toneladas. Segundo o Ministério da Agricultura, o excepcional resultado foi também reflexo de novos clientes conquistados. Desde 2019, o país abriu mais de 150 mercados para itens agropecuários no exterior, de acordo com balanço da pasta federal.
 
A fruticultura vem se beneficiando, ainda, da mudança de comportamento do consumidor antenado à importância da alimentação saudável. Estimativa com a qual trabalham técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas (Emater-MG) indica aumento da renda destinada pelos brasileiros à compra de frutas de 3,5% a 5% do total nos últimos 10 anos. No entanto, a queda dos rendimentos do trabalho no Brasil, agravada pelos efeitos da pandemia de COVID-19, impõe um novo desafio aos produtores.
 
No front externo, surgem outros campos de prova para os fruticultores. Afinal, tanto sobem os custos de produção e as despesas com frete, quanto se avolumam barreiras fitossanitárias. Os produtores precisam ainda dominar o processo de maturação da fruta depois da colheita para garantir ao cliente estrangeiro a conservação durante o transporte. Anos atrás, a banana produzida nas lavouras do Norte de Minas testou experiência bem-sucedida de embarques à Europa feitos por via aérea.
Na análise das exportações brasileiras, manga e melão é que puxaram a receita, com nítida evolução frente aos volumes que o país vendeu no exterior em 2019 e 2020. Na sequência, ficaram limão e lima, melancia, banana, maçã, uva, conservas e preparações de frutas, mamões, nozes e castanhas.
 
A União Europeia foi o destino de 48% das frutas nacionais no ano passado, enquanto os Estados Unidos compraram 16%, e o Reino Unido, 14% do total. O Brasil exportou 1,24 milhão de toneladas de frutas frescas, 18,13% a mais na comparação com 2020, e faturou US$ 1,21 bilhão, acréscimo de 20,39% na mesma base de comparação.

Disparada

A inflação deu as caras em 2022 já corroendo o bolso do consumidor. O IPCA medido em Belo Horizonte pela Fundação Ipead, vinculada à UFMG, teve variação de 2% em janeiro, a taxa mensal mais alta desde janeiro de 2017 (2,19%). As altas foram lideradas pelos alimentos in natura, que englobam os hortifrútis, com 10,25%; despesas pessoais (3,08%), artigos de residência (2,70%) e gastos provenientes de transporte, comunicação, energia elétrica, combustíveis, água e IPTU (2,54%).

A perder de vista


4,7 mil é a extensão em hectares da área plantada de limão em Minas Gerais, estimada para 2020


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