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Estado de Minas Mina$ em foco

Desponta trabalho de motoristas de aplicativos e comerciantes de peças

Número de microempreendedores individuais atuando nessas atividades cresceu 114% em MG no último ano. Venda de CDs e locação de vídeos e palcos estão ameaçados


14/05/2021 04:00 - atualizado 14/05/2021 07:17

Pesquisa do Sebrae mostrou que universo de motoristas de aplicativos de transporte independentes passou de 5 mil para 11 mil entre março de 2020 e o mesmo mês deste ano(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 17/5/20)
Pesquisa do Sebrae mostrou que universo de motoristas de aplicativos de transporte independentes passou de 5 mil para 11 mil entre março de 2020 e o mesmo mês deste ano (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 17/5/20)

Estudo especial feito pelo Sebrae Minas investiga mudança essencial para os rumos da economia na atuação dos microempreendedores individuais (MEIs) no estado após a pandemia de COVID-19. Aquelas atividades relacionadas ao transporte de mercadorias e ao comércio de peças e acessórios também destinados aos serviços de transporte foram as mais procurados no último ano até março passado por quem se tornou MEI.

O avanço dessas ocupações é, de fato, resultado da projeção que esses serviços ganharam com o fechamento do varejo em diversos períodos desde março de 2020, em razão das necessárias medidas de isolamento social para deter a COVID-19. Por isso mesmo a estatística deve servir a várias reflexões, desde traçar cenários que podem surgir para o emprego e a renda, avaliar se as oportunidades têm fôlego, e se representam o desejo do trabalhador ou a falta de chance melhor.

Nesse mesmo período, o Sebrae verificou que há segmentos de trabalho que têm se aproximado da extinção. Entre esses casos, estão funções exercidas por comerciantes de discos, CDs e DVDs; locadores de vídeos, DVDs e similares, proprietários de fliperama independentes; locadores de palcos, coberturas e ouras estruturas, além de transportadores escolares independentes.

Afonso Maria Rocha, superintendente do Sebrae Minas, observa que a pandemia provocou duro efeito sobre atividades que estavam defasadas e que integram o setor de eventos, um dos mais afetados pela doença respiratória. Do ponto de visto das ocupações mais dinâmicas na formalização de empreendedores, elas confirmam como as pessoas se ajustaram à realidade determinada pelos efeitos da doença respiratória sobre a economia, impulsionando os serviços de delivery.

A formalização da atividade de motorista de aplicativo liderou o saldo de MEI, com crescimento de 114% de março de 2020 ao mesmo mês deste ano. Quase 11 mil motoristas se registraram como MEIs em Minas. Na segunda posição, com aumento de 106% no período, ficou a atividade de comerciante de peças e acessórios usados para motocicletas. De 67 em março do ano passado, os registros pularam para 138.

O número de microempreendedores individuais formalizados como entregadores de malotes subiu de 1.185 para 2.245 no último ano, aumento de 89%. Merecem destaque, ainda, as taxas de crescimento de 86% do grupo de proprietários de bares e de 55% no universo de editores de vídeos independentes.

Outro recado que os dados deram é que a participação dos homens em todas essas atividades que mais cresceram foi bem maior do que a das mulheres. Eles representaram 70% a 92% das formalizações.

Quando a análise é feita sobre os segmentos em que houve maior fechamento, os homens também foram maioria dos empreendedores. Caiu 7% o número de microempreendedores individuais proprietários de fliperama independentes, enquanto os registros de MEI de comerciantes de discos, CDs, DVDs e fitas encolheram 5% e os de transportar escolar independente diminuíram 4% no último ano até março passado.

Comemorar os aumentos pontuais do emprego no Brasil, uma simples atitude baseada em percentuais, como os políticos costumam fazer, é bem diferente de estudar a realidade vista por dentro da estatística, com lente de aumento e sensibilidade para definir políticas públicas e se antecipar aos efeitos das transformações que a pandemia de COVID-19 tem imposto ao trabalhador. A relevância dos números mostrados no estudo do Sebrae está na força que os microempreendedores individuais têm em Minas. Eles somam grupo de 1,359 milhão, representando 63% dos pequenos negócios no estado. Em dezembro último havia 204 mil novos registros a mais que as baixas, na comparação com dezembro de 2019.

FORMAIS

19% - Foi quanto cresceu, em dezembro de 2020, o saldo da formalização de microempreendedores individuais em Minas, diferença entre os novos registros e baixas, frente a dezembro de 2019.

SUSTENTAÇÃO

A renda apurada pelos microempreendedores individuais nas atividades em que se formalizaram é a única fonte de sustentação da família para 40% deles, segundo outra pesquisa realizada pelo Sebrae Minas. Para 35% da amostra, a famíla complementa os rendimentos com o trabalho de MEI. Ainda há um grupo de 18% que apuram por meio da atuação como MEI a principal base de sustento familiar.

INATIVAS

Com base em dados da Receita Federal, uma em cada 10 empresas optantes pelo Simples Nacionalse tornaram inaptas em Minas Gerais. Ao todo, 272.976 pequenos negócios do estado deixaram de entregar a Declaração Anual do Simples Nacional nos últimos dois anos, dos quais 62% trabalhavam no regime de MEI.

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