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Custo de vida e emprego em BH e entorno desafiam os eleitos no domingo

Além dos aumentos das despesas com os alimentos, uma série de produtos e serviços encareceram, este ano, na Região Metropolitana da capital mineira. Outra dificuldade é reverter o desemprego, diante do saldo negativo de vagas com carteira assinada na cidade de janeiro a setembro


13/11/2020 04:00 - atualizado 13/11/2020 07:23

Consumidores enfrentam alta de preços nos supermercados(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 30/3/20)
Consumidores enfrentam alta de preços nos supermercados (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 30/3/20)
O tempo de promessas termina amanhã, véspera das eleições municipais, para dar lugar a uma Belo Horizonte bem mais real do que aquela desenhada pelos candidatos a prefeito e a vereador. Alguns indicadores econômicos importantes que boa parte dos concorrentes nem sequer deve ter consultado para construir suas plataformas políticas mostram que a BH conhecida como a Capital dos Botecos colecionou, neste ano, outros títulos. Estes, por sua vez, não são nada simpáticos e menos ainda desejáveis para qualquer administrador público consciente que seja.

Dois deles são reflexo de uma cidade e sua região metropolitana, onde ficou bem mais caro viver e aproveitar o lazer oferecido ao cidadão. Os preços de mais de uma centena de produtos e serviços na Grande BH subiram acima da inflação, neste ano, e superaram a média dos reajustes no país. No caso dos alimentos, não se trata de uma novidade, uma vez que a disparada dos gastos das famílias para pôr a comida essencial na mesa afeta todo o país.

Caracterizam mudança na capital e entorno, com nova gestão a ser assumida pelos eleitos em janeiro, remarcações de preços de grande quantidade de itens descoladas da média nacional e um fôlego muito curto na geração de empregos. Subiram acima do IPCA, o índice oficial da inflação, medido pelo IBGE, dos preços do arroz e de vários cortes de carne, passando por frutas e legumes, pães e massas, cerveja, temperos, a gastos em casa com reparos, material de construção, limpeza, móveis, eletrodomésticos, computador e acesso à internet.

A conta mais alta passa de 130 itens que compõem o IPCA, do IBGE, de janeiro a setembro. Basta observar a quanto chegaram os reajustes: os preços do conserto de um aparelho celular na região metropolitana da capital ficaram 4,41% mais altos, reajuste duas vezes superior à alta de 1,93%, em média, verificada no país, além de terem também superado a variação geral de 2,43% do custo de vida na Grande BH.

Um dos carros-chefes dos aumentos no Brasil de janeiro a setembro, o arroz encareceu 62,53% nos primeiros nove meses do ano na capital e entorno, frente à variação de 59,48% na média nacional. Os gastos das famílias com o leite em pó e o tomate, da mesma forma, indicaram diferença expressiva de reajustes de preços, que foram de 25,63% e 80,25%, respectivamente, na RMBH, e de 13,79% e 49,01% no país.

Uma série de justificativas foi usada nos últimos meses e continua a ser indicada para a elevação surpreendente do custo dos alimentos, do aumento das exportações, que reduz a oferta no mercado interno, pressionando os preços, à demanda maior por esses produtos. Contudo, elas não explicam os avanços acima da média nacional na Grande BH.

Consequência disso, os gastos das famílias da capital com a cesta básica de alimentos alcançaram R$ 520,79 em outubro, maior desembolso já visto na capital em 26 anos, de acordo com pesquisa da Fundação Ipead, vinculada à UFMG. Os aumentos não param e nem há expectativa de que retrocedam, tendo em vista a tradicional subida de preços da alimentação durante o fim de ano.

Outra preocupação é que, além do desemprego no país – situação em que estão cerca de 13 milhões de brasileiros, dos quais, 1,260 milhão em Minas, com base em pesquisas recentes do IBGE –, embora reduzido a R$ 300, o auxílio emergencial termina no mês que vem.

Do ponto de vista do emprego formal, BH encerrou setembro com mais demissões do que contratações, acompanhadas desde janeiro pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged. As dispensas atingiram 255.411 trabalhadores com a carteira assinada, enquanto as contratações somaram 230.257. Com isso, o chamado saldo do emprego ficou negativo em 25.154 vagas. Quando considerado apenas o mês de setembro, houve reação das admissões, permitindo saldo de 6.347 oportunidades, mas bastante incipiente.

SEM TRÉGUA

As prévias da inflação de novembro medidas pela Fundação Ipead em BH mostram que o custo de vida continua subindo e sacrificando mais os consumidores de menor poder aquisitivo. O IPCR, retrato dos gastos das famílias com renda entre um e cinco salários mínimos, avançou 1,05% no período das últimas três semanas de outubro e da primeira semana deste mês. O IPCA, que retrata as despesas das famílias que ganham de um a 40 mínimos, teve variação de 0,67%.

NAS ALTURAS

11,39% - Foi o reajuste médio dos preços da alimentação em BH desde janeiro, ante o IPCA de 4,33% apurado no período pela Fundação Ipead
 

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